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TÊNIS
Aos 21 anos, australiano tenta chegar a um ano seguido no topo do ranking
Precoce, Hewitt busca mais 1 recorde no Masters chinês
FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL
Especialista em recordes de
precocidade, o australiano Lleyton Hewitt, 21, pode quebrar mais
um no Masters de Xangai, que começa na próxima madrugada.
Em 1997, aos 15 anos e 11 meses,
Hewitt tornou-se o mais jovem tenista a sobreviver no qualificatório do Aberto da Austrália.
No ano passado, ele foi o mais
novo a chegar ao topo do ranking
(com 20 anos e oito meses) e o
mais jovem a terminar uma temporada com o status de número
um (com 20 anos e 10 meses).
Agora, na China, o australiano
pode chegar a 52 semanas consecutivas no topo do ranking.
Além de ser somente o quinto
tenista na história a reinar ininterruptamente por pelo menos um
ano, Hewitt pode atingir o feito
com apenas 21 anos e oito meses.
Com essa idade, 15 dos outros 19
jogadores que também chegaram
a liderar o ranking ainda não haviam atingido o topo da lista.
Como comparação, Gustavo
Kuerten só conseguiu ser número
um aos 24 anos e dois meses, em 4
de dezembro de 2000, e seu maior
reinado durou 30 semanas.
Na liderança da Corrida dos
Campeões, com 767 pontos, Hewitt tem apenas um adversário
em Xangai: o americano Andre
Agassi, 32, que soma 679.
O Masters vale 150 pontos ao
campeão invicto. Na primeira fase, todo atleta disputa três partidas, e cada vitória vale 20 pontos.
Triunfo na semifinal vale mais
40, e na decisão, mais 50.
Se passar pela fase inicial com o
mesmo número de pontos que
Agassi, Hewitt só precisa chegar à
decisão para repetir seu nome entre os líderes do ranking ao final
de cada temporada do tênis.
Assim, se essa for a situação
após a primeira fase, Agassi precisa torcer pela queda do australiano nas semifinais e ainda vencer a
partida decisiva do Masters para
acabar o ano no topo pela segunda vez -a primeira foi em 1999.
Vice-campeão no último torneio regular da ATP, o Masters
Series de Paris, Hewitt não parecia muito preocupado em fazer
contas para chegar a seu objetivo.
"Acho que, matematicamente,
está entre o Andre e eu", disse Hewitt. "Então tenho que ir lá, tentar
conseguir algumas vitórias em
Xangai e ver o que acontece."
Agassi, que disputa o torneio
que reúne os melhores da temporada pela 12ª vez, tenta demonstrar otimismo, mesmo sabendo
da complexidade de sua tarefa.
"[Terminar como número um"
vai ser muito difícil. Mas tudo vai
ser definido em Xangai, então vou
ter mais uma chance."
Se a matemática é favorável a
Hewitt, o retrospecto pode servir
como alento para Agassi.
Nos últimos dois anos, quando
foi instituída a Corrida dos Campeões e o torneio que encerra a
temporada voltou a se chamar
Masters, quem chegou como líder
não conseguiu manter o posto até
o término das partidas.
Em 2000, a situação era muito
parecida com a atual e, se o desfecho for o mesmo, Agassi deixa a
China como primeiro do mundo.
Antes do início do Masters de
Lisboa, Guga estava 75 pontos
atrás do russo Marat Safin, que
caiu nas semifinais e viu o brasileiro conquistar o torneio e roubar seu lugar no topo.
No ano passado, em Sydney,
Guga começou o Masters com 48
pontos de vantagem sobre Hewitt, que foi campeão em casa.
Mas, para terminar 2001 no topo, ele só precisou das vitórias em
suas três primeiras partidas, que,
somadas às três derrotas do brasileiro, lhe deram o título do ano.
Hewitt inicia sua caminhada
contra o espanhol Albert Costa,
campeão de Roland Garros, que
não conseguiu ficar entre os oito
melhores da temporada.
O jogo é o segundo da rodada,
que começa às 3h de amanhã,
com Safin x Carlos Moyá (ESP), e
tem na sequência Juan Carlos Ferrero (ESP) x Roger Federer (SUI).
NA TV - Masters, ao vivo, às
6h de amanhã, na Sportv
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