da Reportagem Local

Esta não é a primeira vez que o presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah, anuncia que os estádios de São Paulo terão ingressos numerados.
Em maio de 1997, Farah prometeu que isso aconteceria com pelo menos cinco estádios da cidade.
Em janeiro deste ano, foi além: "A pessoa comprará o ingresso nas máquinas, já sabendo exatamente o lugar em que vai se sentar". Mas nada disso aconteceu.
Essa questão, de fato, se arrasta desde janeiro de 1996, nas vésperas do vencimento do primeiro prazo de uma portaria da Secretaria Municipal da Habitação, que obriga os estádios a se adaptarem às normas da Fifa, a entidade máxima do futebol internacional.
O então presidente do Contru, Carlos Alberto Venturelli, chegou a dizer: "Não vamos adiar em hipótese alguma esse prazo", para voltar atrás no dia seguinte, por ordem de seu superior, Lair Krahenbuhl, que está no cargo até hoje.
Num artigo publicado pela Folha, em 24 de agosto deste ano, Marco Polo del Nero, presidente do Tribunal de Justiça Desportiva e um dos maiores aliados de Farah no futebol estadual, escreveu: "No Campeonato Paulista de futebol profissional do próximo ano, os assentos de todos os estádios serão numerados".
Em abril de 1997, o Palmeiras anunciou que estava demarcando seus lugares. Chegou quase a completar a numeração, mas não houve venda de ingressos numerados no Paulista-98. (MD)



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