São Paulo, domingo, 11 de dezembro de 2005

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SÃO PAULO NO MUNDIAL

Em vez de buscar títulos como em 92 e 93, time construiu campanha hesitante, marcada por indefinições e 14 reveses, após bater Atlético-PR em final continental

Derrotas após conquista da Libertadores marcam São Paulo e dividem ídolos

DA REPORTAGEM LOCAL

Se em 1992 e 1993 o São Paulo chegou a Tóquio embalado por conquistas importantes no hiato da Libertadores até o Mundial (Paulista em 92, e Supercopa e Recopa Sul-americana no ano seguinte), a turma comandada pelo técnico Paulo Autuori tenta agora recuperar o tempo perdido e resgatar a confiança minada pelas oscilações do time no Brasileiro.
O time, que terminou o Nacional na 11ª colocação, tem nos números o declínio após o êxtase de ganhar a Libertadores.
No período de 17 de julho, data do primeiro jogo após a goleada de 4 a 0 sobre o Atlético-PR, até a última rodada do Brasileiro, em 4 de dezembro, foram 34 confrontos onde o time perdeu mais do que venceu: 12 vitórias, oito empates e 14 derrotas, e um aproveitamento de 43,1%.
E essa queda de produção às vésperas da disputa do torneio mais importante para a história do clube divide opiniões.
Para o treinador Carlos Alberto Silva, campeão paulista em 80 e 89 com o São Paulo, a preocupação tem que existir. "É uma competição de tiro curto. Não pode achar que tudo vai dar certo na hora do jogo", afirmou o ex-treinador.
Já para o ex-goleiro Zetti, o mais importante num momento como esse é a experiência dos mais velhos. "Conversei com o Rogério sobre isso. Ninguém vai querer lembrar dos vice-campeões. Os jogadores têm que ter essa consciência lá no Japão", disse.
A queda de rendimento, no entanto, não é um bicho de sete cabeças para o ex-atacante Muller. "Achei acertado priorizar o Mundial e dar folga aos titulares." (RODRIGO BUENO E TONI ASSIS)


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