Sem dois de seus principais atletas, egípcio Al Ahly é o rival dos gaúchos

Equipe derrotou o Auckland City na partida que iniciou a disputa interclubes, porém craque diz que ausências não têm como ser compensadas

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Al Ahly, primeiro adversário do Internacional no Mundial de Clubes, não é o mesmo time que ficou em último lugar na edição do ano passado do nobre torneio no Japão. É pior.
Com os 2 a 0 de ontem sobre o frágil Auckland City, da Nova Zelândia, o clube egípcio garantiu sua passagem para as semifinais -enfrenta na quarta-feira o campeão da Libertadores.
Quem coloca o Al Ahly como mais fraco em relação a 2005 é o próprio craque atual do time, o meia-atacante Aboutrika.
""Certamente, nós estamos sentindo a falta de Barakat, que era um jogador muito importante para o nosso time e que está contundido no momento. E o mesmo vale para Gilberto, pois ambos eram cruciais para nosso esquema de jogo. Honestamente, não podemos compensar essas ausências", falou.
Aboutrika marcou de falta ontem o segundo gol do Al Ahly, que no ano passado fez dois jogos no Mundial e perdeu ambos -foi derrotado até pelo campeão da Oceania, o Sydney, na disputa pelo quinto lugar.
Os dois gols do campeão africano foram marcados só no segundo tempo. O atacante angolano Flávio anotou o primeiro aos 6min, e Aboutrika fechou o placar aos 28min. Neste ano, os times australianos não jogaram a Copa dos Campeões da Oceania (agora a Austrália integra a Confederação Asiática), o que facilitou muito a ida do Auckland City ao Mundial.
O Al Ahly, considerado o melhor clube do século 20 na África, é o único participante do Mundial de Clubes deste ano que não inscreveu atletas brasileiros. O time admite que, contra o Internacional, entrará em campo como franco-atirador.
""Há uma grande diferença entre o futebol brasileiro e o egípcio. Meus homens devem jogar sem preocupações, pois não temos nada a perder. A partida [contra o Inter] nos ajudará a adquirir uma valiosa experiência", diz o técnico do Al Ahly, o português Manuel José.
O treinador reconheceu que seu time não apresentou bom futebol na estréia. ""Nós estávamos muito nervosos no primeiro tempo. Você não tem, obviamente, que se esconder contra um time amador [Auckland City]. Não ganhar nenhum jogo no ano passado aumentou a pressão sobre nós", disse ele, que é amigo de Abel Braga, o treinador da equipe gaúcha.
Internacional e Al Ahly de enfrentam depois de amanhã.


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