São Paulo, quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

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Acordo reacende consórcio para Maracanã na Copa

Após rompimento, Flamengo e IMG retomam projeto para reformar e gerir o estádio ao lado de CBF e Fluminense

Empresa aceita dar aporte para obras na sede do clube, que reduz as exigências, em acerto que viabiliza grupo disputar licitação pela arena


RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de um rompimento por discordâncias das condições contratuais, foi restabelecido o principal consórcio para reformar e administrar o Maracanã para a Copa-2014. O negócio foi retomado após entendimento entre o Flamengo e a IMG, gigante que deve passar a gerir o estádio.
Além do clube e da empresa, participam do grupo que pretende arrendar o estádio a CBF e o Fluminense. Eles são favoritos na disputa em licitação que será promovida pelo governo estadual do Rio de Janeiro.
A idéia é que a IMG fique responsável pela administração do estádio. A confederação e os dois clubes se comprometerão a jogar no local e ficarão com parte das receitas.
O negócio tinha ficado travado por conta de reformas na Gávea, sede do Flamengo. Inicialmente, a IMG prometera dar dinheiro para essas obras, que incluem construção de ginásio, algumas lojas comerciais e campos. Com a crise mundial, a empresa recuara, o que levara o clube a desistir do acordo.
Houve novas reuniões em que as duas partes cederam. A IMG comprometeu-se a investir na Gávea. Seu aporte financeiro será descontado das receitas futuras a serem obtidas pelo clube no Maracanã.
Em troca, o Flamengo baixou sua pedida inicial. No começo da negociação, o clube queria US$ 30 milhões (R$ 74,5 milhões). Só que aceitou reduzir esse valor até porque, com a subida do dólar, será necessário menos dinheiro em moeda americana para fazer as reformas na sede rubro-negra.
Além disso, o Flamengo abriu mão de investimento em seu CT, que será viabilizado com outros recursos.
Nenhuma das partes foi encontrada para confirmar oficialmente o caso.
Mas caiu o principal entrave ao projeto, já que Fluminense e CBF não reclamaram das condições propostas pela IMG. Só que o Flamengo era visto como essencial no consórcio por ter a maioria da torcida carioca.
Na renegociação do acordo, a empresa também liberou os clubes e a CBF para conversar com outros interessados no Maracanã. Ou seja, não haverá contrato de exclusividade e os times e a confederação podem se associar a outras empresas.
É uma estratégia para evitar acusações de que a IMG abafou a concorrência pela licitação no Maracanã. O governo do Estado ainda não definiu quando vai lançar o edital estabelecendo as condições para a disputa.
Só quando isso acontecer é que clubes e a CBF vão se sentar à mesa para estabelecer com detalhes as condições comerciais da gestão do estádio.
A idéia inicial é montar uma empresa, que ficaria responsável por gerir o Maracanã. Flamengo, Fluminense e a confederação estabeleceriam contratos com essa empresa, a ser controlada pela IMG.


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