São Paulo, sábado, 11 de dezembro de 2010 |
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Atleta e cartola Presidente e jogador , Rivaldo volta ao Brasil e toma as rédeas no Mogi Mirim
LEONARDO LOURENÇO ENVIADO ESPECIAL A MOGI MIRIM Rivaldo, melhor jogador do planeta em 1999 e campeão da Copa do Mundo de 2002, voltou para casa. É como um chefe de família que ele comanda o Mogi Mirim, clube em que foi revelado 18 anos atrás e que agora o tem como presidente. Foi como cartola que ele decidiu contratar a si mesmo para reforçar o time do interior para o Campeonato Paulista-2011. Aos 38 anos, o meia voltará a atuar no Brasil após perambular por equipes da Europa e Ásia -além de uma rápida e fracassada passagem pelo Cruzeiro, em 2004. "Depois de tanto tempo longe pensei que era melhor ficar por aqui, disputar o Paulista e tentar classificar o Mogi para a Série D, para que a gente tenha um calendário fixo", explica Rivaldo. O jogador se tornou presidente do Mogi Mirim em 2008, após a morte do empresário Wilson Fernandes de Barros, que durante 27 anos dirigiu o clube e o transformou em uma extensão de sua própria família. O estilo do dirigente Rivaldo, de certa forma, lembra muito o de seu antecessor. Como mandatário, assumiu o papel de faz-tudo e causou polêmica quando decidiu mudar o nome do estádio do clube -a questão virou debate na Câmara de Mogi. Evangélico, no ano passado Rivaldo trocou o nome da arena, chamada até então de "Papa João Paulo 2º", para homenagear seu pai, Romildo Vítor Gomes Ferreira. "Eu, particularmente, e boa parte da cidade entendemos que foi por intolerância religiosa", acusa o ex-presidente do conselho do Mogi Mirim Hélcio Luiz Adorno. "Isso nunca me passou pela cabeça", rebate o jogador. "Foi uma escolha minha. Até propus colocar o nome do Wilson de Barros, mas a família não aprovou. Então surgiu a oportunidade de homenagear meu pai, que me incentivou muito", conta. Apesar de ter colaboradores, a diretoria do Mogi Mirim se resume a ele e a seu vice, Wilson Bonetti, que o representou na cadeira de presidente enquanto o meia atuava no Uzbequistão. "Para as coisas simples, existem pessoas para resolver. Mas o que precisa de mais responsabilidade, aí falam comigo", diz Rivaldo. Além de si -a quem paga um salário simbólico de R$ 1.000-, o cartola trouxe para Mogi o meia Paulo Isidoro, com que jogou no Palmeiras, e o atacante Denílson, seu parceiro no Bunyodkor em gramados uzbeques. Rivaldo gosta de ter seus amigos por perto. César Sampaio, que também fez parte da vitoriosa equipe palmeirense na metade da década de 90, foi consultor no ano passado. Acabou se afastando após receber críticas por ser, também, um dos sócios da empresa que controlava o futebol do Rio Claro. "Ele não nos ajuda mais, mas as portas estão abertas. O Sampaio sempre anda com um DVD dos nossos jogadores", afirma o meia. "No futebol de hoje, não se pode mais trabalhar sozinho. Precisamos de parcerias", completa. Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Memória: Rivaldo repetirá experiência de Juninho neste ano Índice | Comunicar Erros |
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