São Paulo, sábado, 11 de dezembro de 2010
 |
 |
|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
RITA SIZA Mourinho faz jus à Bola
SE A GOOGLE dominasse mesmo o mundo, o treinador português de futebol José Mourinho já estaria eleito o melhor técnico do ano de 2010 -e se calhar também já de 2011. Segundo revelou a companhia que detém o motor de busca mais usado no mundo, no seu relatório "Zeitgeist 2010", o nome de Mourinho foi aquele que registou maior aumento de pesquisas em todo o mundo, apenas atrás do jogador de futebol americano Randy Moss. Ou seja, existe suficiente interesse em todo o mundo (e pelos vistos, particularmente na Nigéria, que lidera as buscas na internet sobre o técnico português) para compreender a decisão caso o prémio da Fifa, em conjunto com a revista "France Football", fosse entregue ao atual treinador do Real Madrid de Espanha. Claro que o fato de Mourinho ser o técnico mais popular na internet não quer dizer que exista unanimidade quanto à sua competência ou ao seu desempenho. Aqui em Portugal, eu conheço quase tanta gente que idolatra o José Mourinho como que o odeia. Proclamam aqueles que fazem parte do primeiro grupo que ele é, sem a mínima dúvida, o melhor treinador do mundo. Contestam os do segundo que não é nada, o que ele é é um arrogante. Eu não o odeio, mas confesso que não sinto a mínima simpatia por ele -o que não me impede de reconhecer que ele é um bom treinador, mais do que bom, óptimo, e que durante a época de 2010 provavelmente nenhum outro foi melhor do que ele. Senão vejamos. A Bola de Ouro supostamente reconhece o técnico que foi mais influente a construir e dirigir tacticamente a sua equipa e que maior sucesso obteve em levar o seu time à glória. O Mourinho, que passou a maior parte de 2010 à frente da Inter de Milão, garantiu a melhor época de sempre para o clube italiano: venceu o Campeonato Italiano da Série A, a Copa Itália e a Liga dos Campeões. Mas, segundo garantiu o jornal italiano "La Gazzetta Dello Sport", o prémio de melhor treinador de 2010 da Fifa vai ser entregue ao selecionador da Espanha, Vicente del Bosque, vencedor da Copa do Mundo da África do Sul. Se calhar, devia estabelecer-se uma regra que o treinador da seleção campeã do mundo teria automaticamente direito a ganhar a Bola de Ouro dos treinadores. Podia continuar a ser injusto, mas pelo menos evitava que se andassem a comparar alhos com bugalhos. Texto Anterior: Tênis: Guga encara Agassi para relembrar ida ao topo Próximo Texto: Barcelona enfim vende sua camisa Índice | Comunicar Erros |
|
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |