São Paulo, sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

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Beckham, enfim, vai para a Califórnia

Ex-capitão da seleção inglesa vira sócio de seu novo time, Los Angeles Galaxy, e segue os passos das estrelas do anos 70

Jogador rompe com Real Madrid e pode ser tornar o esportista mais bem pago do mundo, com renda anual superior a US$ 100 milhões


Victor Fraile/Reuters
O meia inglês Beckham sai do centro de treinamento do Real Madrid, o qual deixará para atuar e ser sócio de um time dos EUA

DA REPORTAGEM LOCAL

David Beckham, 31, não renovará seu contrato com o Real Madrid, após aceitar oferta milionária do norte-americano Los Angeles Galaxy. O negócio pode torná-lo o atleta com o maior rendimento no mundo.
O pacote acertado pelo inglês fará dele o personagem mais relevante do futebol dos EUA, dentro e fora de campo.
Casado com a ex-spice girl Victoria, o metrossexual Beckham nem de longe corre risco de ficar ""sem ambiente" na nova cidade. Tem entre seus amigos o ator Tom Cruise e sua mulher, a atriz Katie Holmes.
Para ir à América, Beckham, que recebia US$ 7,7 milhões (R$ 16,5 milhões) por ano na Espanha -seu contrato com o Real acaba em 30 de junho-, embolsará US$ 50 milhões (R$ 107,7 milhões) anuais, fora contratos de patrocínios.
Além disso, o jogador será elevado à condição de ""player" nas mesas de negociação, pois o pacote negociado prevê que ele se tornará sócio tanto de seu novo clube como da MLS, a liga norte-americana de futebol.
Assim, dependendo do impacto do ídolo inglês nos gramados norte-americanos, seu lucro poderá ser ainda maior.
No total, o negócio incluirá, além de um salário fixo, bônus por performance, uma fatia do material merchandising e novos contratos de patrocínio.
Beckham pode se tornar o atleta mais bem pago do mundo, posto hoje ocupado pelo golfista Tiger Woods, que ganhou US$ 98 milhões em 2006. Se o britânico mantiver seus atuais contratos de patrocínio e maximizar os novos canais de renda abertos nos EUA, poderá superar os US$ 100 milhões.
Segundo jogador do Real Madrid a se transferir para os EUA -o primeiro foi o mexicano Hugo Sanchez-, Beckham segue os passos de Pelé e Beckenbauer, carregando sobre os seus ombros a responsabilidade de popularizar o esporte.
Beckenbauer e Pelé jogaram no Cosmos, de Nova York, na década de 70, logo depois que a Warner e outras empresas investiram milhões para criar a liga norte-americana de futebol.
A exemplo do que deve ocorrer agora com Beckham, a imagem de Pelé, então aos 34 anos, não ficava restrita aos gramados. Era possível vê-lo associado a todo tipo de iniciativas relacionadas a marketing.
Beckenbauer, companheiro de time de Pelé, foi eleito o melhor jogador da liga em sua temporada inicial. Depois, retornou à Alemanha, onde jogou pelo Hamburgo até 1982, e finalmente voltou ao Cosmos, onde encerrou sua carreira.
Assim como acontece com Beckham, que há seis meses era capitão da seleção inglesa, mas que foi ""dispensado" do time, Beckenbauer jogou pela última vez pela seleção em 1977, para só então se mudar para os EUA.
O alemão foi um dos dois únicos a voltar ao velho continente para seguir com a carreira -o outro foi George Best. Os EUA foram palco do encerramento das histórias de outros atletas, entre os mais recentes estão o colombiano Carlos Valderrama e o mexicano Hugo Sanchez.


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