São Paulo, terça-feira, 12 de janeiro de 2010

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Corinthians direciona "obsessão" a jogadores

Clube descarta psicologia e blindagem na campanha para ganhar Libertadores

Currículo dos atletas em outros clubes deixa elenco de 2010 com dois títulos e quatro vices na principal competição do continente

MARTÍN FERNANDEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Está nas costas dos jogadores do Corinthians, especialmente de oito deles, a responsabilidade de conquistar a Taça Libertadores da América pela primeira na história do clube.
Além de ser o ano do centenário da agremiação, 2010 marca a volta do time ao principal torneio de clubes do continente, já conquistado por todos os outros grandes de São Paulo.
"Nós nunca ganhamos a Libertadores porque nunca nos dedicamos a isso", diz o diretor de futebol Mario Gobbi. "Por isso a expectativa é tão grande."
O clube não vai adotar táticas especiais para blindar os jogadores da expectativa criada por diretoria, torcida e até patrocinadores. "Não vai ter psicólogo, nem na comissão técnica permanente nem para trabalhos esporádicos", esclarece Gobbi. "Nunca teve e não vai ter."
A responsabilidade, diz o cartola, vai ficar sobre os jogadores. "Nós já montamos um grupo experiente, justamente porque sabem lidar com pressão."
Levantamento realizado pela Folha mostra que oito dos potenciais titulares corintianos participaram da competição.
O retrospecto é positivo. Foram 143 partidas, com 81 vitórias, 27 empates e 35 derrotas. Iarley defendeu três times diferentes na competição: Paysandu, Boca Juniors (foi vice em 2004) e Internacional, por quem ganhou um título.
Danilo também foi campeão e vice, pelo São Paulo. Tcheco e William foram vice-campeões em 2007, com o Grêmio. "Eu gosto do apelido de Senhor Libertadores", declara Iarley.
Do atual elenco, os únicos que disputaram a competição pelo Corinthians são Edu e Marcelo Mattos. O primeiro caiu ante o Palmeiras em 2000, e o segundo estava em campo na última eliminação, contra o River Plate, em 2006.
Ronaldo e Roberto Carlos, estrelas do elenco, pouco ou nada conhecem da competição. O Fenômeno nunca a disputou, e o lateral-esquerdo só participou da edição de 1994, quando o Palmeiras que então defendia foi batido pelo São Paulo.
Foi pelo clube do Morumbi, aliás, que Danilo acumulou quilometragem na Libertadores. Jogou em 2004, 2005 e 2006 -chegou à semifinal, foi campeão e, depois, vice.
Ao perceber o tamanho da expectativa que se criou em torno da Libertadores, o presidente Andres Sanchez chegou a pedir calma à torcida.
"Só vamos ganhar quando o time se acostumar a disputar. Não dá para jogar uma vez a cada cinco anos", disse Andres. "Eu peço que a torcida entenda que não vai faltar esforço."


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