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"Efeito saco plástico" tira sono de velejadores em Mundial carioca
Atletas se preparam para competição da classe star com receio da poluição
CAIO BARRETTO BRISO
DA SUCURSAL DO RIO
Pela quarta vez, o Rio sediará
o Mundial da categoria mais
importante da vela, a classe
star. Mas, nos dias que antecedem a regata de abertura, no sábado, o assunto entre os principais velejadores brasileiros é
um velho conhecido: a poluição
da baía de Guanabara.
Das seis regatas, apenas a primeira deve ser dentro da baía.
As outras cinco serão realizadas em mar aberto, a seis quilômetros da praia de Copacabana
e a 1h30min de distância do Iate Clube do Rio, na Urca, onde
ficam guardados os 81 barcos
de 20 países que estão no páreo.
Se dependesse de Lars Grael,
bronze no último Mundial com
Ronald Seifert, as seis regatas
seriam fora da baía. "Tecnicamente, a sujeira pode comprometer o campeonato, porque o
volume de detritos na água é
muito grande. Se algo prender
na quilha, o barco perde velocidade na hora, e aí uma medalha
pode ir embora", explica ele.
Alan Adler, campeão mundial da classe star em 1989, já
passou por isso. Ele liderava
com folga a primeira regata no
último Mundial brasileiro,
também na baía de Guanabara,
em 96, quando um saco plástico
grudou na sua quilha. Não foi
possível retirá-lo, Adler perdeu
velocidade e foi ultrapassado.
"Vamos ver se, desta vez, um
estrangeiro "pega" um saco
plástico", brinca Adler.
O comitê organizador da
Olimpíada do Rio-2016 diz que
"o projeto para as competições
de vela dos Jogos foi aprovado
pela Federação Internacional
de Vela [Isaf] e pelo COI".
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