São Paulo, terça-feira, 12 de janeiro de 2010

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"Efeito saco plástico" tira sono de velejadores em Mundial carioca

Atletas se preparam para competição da classe star com receio da poluição

CAIO BARRETTO BRISO
DA SUCURSAL DO RIO

Pela quarta vez, o Rio sediará o Mundial da categoria mais importante da vela, a classe star. Mas, nos dias que antecedem a regata de abertura, no sábado, o assunto entre os principais velejadores brasileiros é um velho conhecido: a poluição da baía de Guanabara.
Das seis regatas, apenas a primeira deve ser dentro da baía. As outras cinco serão realizadas em mar aberto, a seis quilômetros da praia de Copacabana e a 1h30min de distância do Iate Clube do Rio, na Urca, onde ficam guardados os 81 barcos de 20 países que estão no páreo.
Se dependesse de Lars Grael, bronze no último Mundial com Ronald Seifert, as seis regatas seriam fora da baía. "Tecnicamente, a sujeira pode comprometer o campeonato, porque o volume de detritos na água é muito grande. Se algo prender na quilha, o barco perde velocidade na hora, e aí uma medalha pode ir embora", explica ele.
Alan Adler, campeão mundial da classe star em 1989, já passou por isso. Ele liderava com folga a primeira regata no último Mundial brasileiro, também na baía de Guanabara, em 96, quando um saco plástico grudou na sua quilha. Não foi possível retirá-lo, Adler perdeu velocidade e foi ultrapassado.
"Vamos ver se, desta vez, um estrangeiro "pega" um saco plástico", brinca Adler.
O comitê organizador da Olimpíada do Rio-2016 diz que "o projeto para as competições de vela dos Jogos foi aprovado pela Federação Internacional de Vela [Isaf] e pelo COI".


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