São Paulo, segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

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Vida curta na elite ameaça "caçulas"

Rio Claro e Sertãozinho estão na zona de rebaixamento à Série A-2; Barueri e Guaratinguetá se vêem próximos dela

Em oito rodadas e mais de 30 partidas no Paulista-07, quarteto, sem experiência prévia na primeira divisão, conseguiu só seis vitórias


PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Foram décadas de espera ou ascensões meteóricas. Mas a vida na elite pode ser breve para os quatro times que estréiam na primeira divisão no Campeonato Paulista em 2007.
Rio Claro, clube quase centenário, e Sertãozinho, fundado na década de 40, estão na zona de rebaixamento. Barueri, com menos de 20 anos de vida, está a apenas um ponto da turma da degola. O Guaratinguetá, nascido em 1998, é o melhor dos quatro, mas, na modesta 12ª posição, está mais perto do lanterna do que do primeiro colocado.
Os quatro, independentemente de suas idades, nunca haviam disputado a divisão de elite do Estadual. Situação bem diferente dos quatro "caçulas" da temporada passada.
Em 2006, Juventus, Noroeste, São Bento e Bragantino eram os clubes que vinham da segunda divisão. Juntos, somavam mais de cem participações na série nobre do Paulista.
E o quarteto não estranhou o fato de estar na elite. O Noroeste foi a maior surpresa do torneio, terminando em quarto lugar. O Juventus também não fez feio e acabou em oitavo. Bragantino e São Bento ficaram fora dos top 10, mas se safaram de voltar à Série A-2.
Para os novatos de 2007, vencer é um suplício. Rio Claro, Sertãozinho e Barueri conseguiram uma única vitória.
O Rio Claro tem o pior ataque do campeonato, com apenas quatro gols marcados. Ontem, em revés diante do São Caetano, novamente seu ataque passou em branco. O time ainda sofreu a maior goleada da competição até agora: 5 a 0 para o Corinthians, no Pacaembu.
Os novatos também não tiveram paciência alguma com seus treinadores. Três já trocaram de comando. O Rio Claro começou com o novato Paulo Roberto e hoje tem o mais experiente Márcio Araújo. O Barueri trocou o ex-técnico palmeirense Marcelo Vilar pelo ex-jogador palmeirense Sérgio Soares.
O Guaratinguetá tinha Carlos Rabelo, hoje tem Toninho. "Ainda estamos montando o time", justifica o ex-zagueiro do Palmeiras e ex-cartola do cearense Fortaleza.
O Sertãozinho também pode tomar a mesma atitude. Depois da derrota de ontem para o São Bento, Nenê Belarmino corre o risco de perder o emprego.
Os caçulas ameaçados de rebaixamento precoce têm administrações bem diferentes.
O Guaratinguetá é um clube-empresa. O Barueri é bancado basicamente pelo dinheiro da prefeitura da sua cidade.
Já Rio Claro e Sertãozinho têm administrações típicas dos clubes do interior.


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