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Vida curta na elite ameaça "caçulas"
Rio Claro e Sertãozinho estão na zona de rebaixamento à Série A-2; Barueri e Guaratinguetá se vêem próximos dela
Em oito rodadas e mais de 30 partidas no Paulista-07, quarteto, sem experiência prévia na primeira divisão, conseguiu só seis vitórias
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Foram décadas de espera ou
ascensões meteóricas. Mas a vida na elite pode ser breve para
os quatro times que estréiam
na primeira divisão no Campeonato Paulista em 2007.
Rio Claro, clube quase centenário, e Sertãozinho, fundado
na década de 40, estão na zona
de rebaixamento. Barueri, com
menos de 20 anos de vida, está
a apenas um ponto da turma da
degola. O Guaratinguetá, nascido em 1998, é o melhor dos quatro, mas, na modesta 12ª posição, está mais perto do lanterna
do que do primeiro colocado.
Os quatro, independentemente de suas idades, nunca
haviam disputado a divisão de
elite do Estadual. Situação bem
diferente dos quatro "caçulas"
da temporada passada.
Em 2006, Juventus, Noroeste, São Bento e Bragantino
eram os clubes que vinham da
segunda divisão. Juntos, somavam mais de cem participações
na série nobre do Paulista.
E o quarteto não estranhou o
fato de estar na elite. O Noroeste foi a maior surpresa do torneio, terminando em quarto lugar. O Juventus também não
fez feio e acabou em oitavo.
Bragantino e São Bento ficaram fora dos top 10, mas se safaram de voltar à Série A-2.
Para os novatos de 2007,
vencer é um suplício. Rio Claro,
Sertãozinho e Barueri conseguiram uma única vitória.
O Rio Claro tem o pior ataque
do campeonato, com apenas
quatro gols marcados. Ontem,
em revés diante do São Caetano, novamente seu ataque passou em branco. O time ainda
sofreu a maior goleada da competição até agora: 5 a 0 para o
Corinthians, no Pacaembu.
Os novatos também não tiveram paciência alguma com seus
treinadores. Três já trocaram
de comando. O Rio Claro começou com o novato Paulo Roberto e hoje tem o mais experiente
Márcio Araújo. O Barueri trocou o ex-técnico palmeirense
Marcelo Vilar pelo ex-jogador
palmeirense Sérgio Soares.
O Guaratinguetá tinha Carlos Rabelo, hoje tem Toninho.
"Ainda estamos montando o time", justifica o ex-zagueiro do
Palmeiras e ex-cartola do cearense Fortaleza.
O Sertãozinho também pode
tomar a mesma atitude. Depois
da derrota de ontem para o São
Bento, Nenê Belarmino corre o
risco de perder o emprego.
Os caçulas ameaçados de rebaixamento precoce têm administrações bem diferentes.
O Guaratinguetá é um clube-empresa. O Barueri é bancado
basicamente pelo dinheiro da
prefeitura da sua cidade.
Já Rio Claro e Sertãozinho
têm administrações típicas dos
clubes do interior.
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