São Paulo, segunda-feira, 12 de março de 2007

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Luxemburgo é acusado por rival

Atacante Leandro chama treinador rival de mau caráter e diz que ele ordenou jogadores a caçá-lo

Técnico, que viu Antônio Carlos e Fábio Costa serem criticados por entradas duras, nega e diz que há diferença entre bater e jogar duro


DOS ENVIADOS A SANTOS

Ao sair do gramado, o atacante são-paulino Leandro deu a largada para um debate acalorado sobre a violência. O alvo: o rival Vanderlei Luxemburgo.
"Eu ouvi, ele [Luxemburgo] passou o jogo inteiro mandando me pegar. Ele sempre falou que eu era um jogador de merda, agora estou mostrando para ele. Mas a gente reconhece o mau caráter", disse Leandro. Uma das principais críticas do São Paulo foi um soco que o atacante recebeu do zagueiro Antônio Carlos numa disputa de bola na intermediária. No clássico contra o Corinthians, o são-paulino já fora agredido por Magrão, que foi expulso.
O técnico do Santos se defendeu. "A minha história no futebol mostra o contrário. Você tem que jogar duro. Eu o trouxe do Botafogo-SP com Doni e o Ratinho para o Corinthians em 2001, mas lamento. Agora ele precisa entender que precisa ter respeito. Esse menino deveria se preocupar em jogar bola."
Muricy Ramalho não quis comentar a acusação de Leandro, mas deu crédito ao atleta. "Não falei com o Leandro, mas, se disse isso aí, é porque ele deve ter ouvido algo. Mas eu gostei do jogo como foi, disputado."
O técnico do São Paulo, porém, destacou a dura entrada do goleiro Fábio Costa no atacante Aloísio. "A perna dele estava arrebentada, é aquela entrada que o Fábio Costa sempre dá. Não dá para falar que foi pênalti porque foi muito rápido."
Após o jogo, o próprio Aloísio criticou o camisa 1 do Santos. "Ele poderia ter me machucado, e eu poderia ficar oito meses sem jogar." E também citou Antônio Carlos. "Ele é o zagueiro mais maldoso do Brasil."
Luxemburgo insistiu na diferença entre jogar duro e mandar bater e defendeu Antônio Carlos. Entre seus argumentos, incluiu o próprio Muricy.
"Mandei jogar duro, como faz o Muricy e o Telê fazia. E tem tanto microfone do meu lado que vocês teriam ouvido. Zagueiro tem de mostrar que é zagueiro e inibir o atacante." Mas houve espaço para respeito mútuo. "O Muricy é um grande treinador", disse Luxemburgo. "Quando forcei pela esquerda, ele já tirou Ilsinho de lá. O São Paulo estava jogando muito no contra-ataque, por isso coloquei o Kléber no meio."
Para Muricy, seu time poderia ter vencido. "Não deu, assim como eles tiveram chances." E negou que os dois clubes sejam franco-favoritos à final. Disse que Paulista, São Caetano e Noroeste podem surpreender.
No meio da semana, o Santos joga na Vila pela Libertadores contra o Gymnasia y Esgrima. O São Paulo volta a jogar no sábado, ante a Ponte Preta. (JULYANA TRAVAGLIA E MÁRVIO DOS ANJOS)

Colaborou MAURÍCIO EIRÓS, da Agência Folha


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