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CIDA SANTOS
As trapalhadas e o tapetão
Com a anulação de um jogo das quartas da Superliga
pela Justiça, o vôlei pode
ter aberto um precedente
O SONHO acabou para o São
Caetano. O time foi derrotado ontem pelo Macaé por um
surpreendente 3 sets 0 (25/20,
25/13 e 25/17), e a vaga nas semifinais da Superliga de vôlei ficou com
o adversário. A festa foi de Macaé. O
triste dessa história é que a classificação não foi decidida só na quadra.
Os dois times estavam fazendo a
série mais disputada das quartas-de-final com duas vitórias para cada
lado. Ontem era para ser o quinto jogo, mas aí entrou o Superior Tribunal de Justiça Desportiva. O Macaé
pediu e conseguiu a anulação da segunda partida, do último dia 28.
O argumento: no quarto set, a
apontadora teria errado. Em vez de
anotar ponto para o Macaé, que empataria o jogo em 12 pontos, colocou
um ponto para cada time, e o placar
ficou 13 a 12 para o São Caetano.
No jogo, a comissão técnica de
Macaé reclamou, mas a pontuação
foi mantida. O São Caetano acabou
vencendo a parcial por 26 a 24 e a
decisão foi para o quinto set com vitória do time paulista. A trapalhada
tirou o brilho da disputa e trouxe algumas questões.
Foi surpreendente a decisão de o
tribunal de anular o jogo. No esporte, principalmente no futebol, são
cada vez mais comuns erros de juízes e, mesmo quando comprovados
pelas câmeras de televisão, os resultados das partidas são mantidos. Pelo o que tudo indica, o vôlei abriu
agora um precedente.
"Como homem e cidadão, eu acato
a decisão, mas a perplexidade eu
posso ter. Nunca vi, nem em Olimpíada, aceitarem provas de vídeo",
afirma o treinador do São Caetano,
Antônio Rizola.
O certo é que a decisão trouxe
transtornos inesperados ao São
Caetano. Como o jogo de ontem passou a ser o quarto da série, o local
mudou: de São Caetano para Macaé.
O Macaé também ganhou vantagem numérica e psicológica no confronto: duas vitórias contra uma do
adversário.
A mudança de local provocou desgaste extra para São Caetano. O time
tinha jogado a partida de quarta-feira em Macaé. No dia seguinte, enfrentou dez horas de viagem de ônibus de volta porque o próximo confronto estava programado para ser
em seu ginásio.
Na sexta-feira, quando saiu a sentença e foi mudado também o local
do jogo, a equipe de São Caetano teve que enfrentar nova viagem de dez
horas de ônibus para Macaé. Perdeu
a sexta de treino e, em dois dias, passou 20 horas dentro de ônibus.
Complicado. A sentença acabou
provocando uma situação desfavorável ao São Caetano, punindo quem
não tinha culpa.
O Macaé, da levantadora Carol,
enfrentará o Rio, do técnico Bernardinho, nas semifinais. O outro
confronto também promete: Minas e Osasco fazem o primeiro jogo, da série de cinco, na quarta-feira, em Osasco. Não vai ser fácil para o Osasco: o Minas tem o time
que mais evoluiu no torneio.
AQUECIMENTO
O ex-atacante Giovane, atual diretor da Unisul, está se preparando
para novas funções. Ele quer ser
técnico e seguir os passos de Bernardinho. Logo que terminar o curso, vai se sentar no banco do time
da Unisul. Ele já participa dos treinos e, nos jogos, transmite orientações para o atual técnico, Nutti.
QUE FASE!
A grande pergunta na Superliga
masculina é: "Quem vai bater o Minas?". Anteontem, o time, dos atacantes Roberto Minuzzi e Samuel,
venceu Bento Gonçalves por 3 a 0 e
completou 25 vitórias seguidas.
O CONFRONTO NO ITALIANO
A atacante Jaqueline não jogou devido a dores no joelho, mas seu time bateu por 3 a 2 o Pesaro, de Mari, Sheila e do técnico José Roberto
Guimarães, na última rodada.
cidasan@uol.com.br
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