São Paulo, segunda-feira, 12 de março de 2007

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Corinthians põe fim a jejum e sonha

Após cinco jogos sem vencer, time de Leão joga mal, mas bate Bragantino e se mantém na luta por uma vaga nas semifinais

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians, mais uma vez, não jogou bem. Mas isso não importa a esta altura do Campeonato Paulista-2007.
A combalida equipe do treinador Emerson Leão, depois de cinco partidas de jejum, enfim, voltou a vencer no torneio.
E, a seis rodadas para o final da fase de classificação, continua a sonhar com uma das quatro vagas para as semifinais.
Com a vitória por 2 a 1 sobre o Bragantino, o time de Leão, que, na tentativa de amenizar a pressão de sua torcida, levou o time para Atibaia na sexta-feira, está a quatro pontos do Noroeste, que está quarto lugar.
O triunfo veio no sufoco, aos 42min do segundo tempo, com gol do zagueiro Marcus Vinícius. "Qualidade a gente deixa para depois. Agora o importante é vencer as partidas", resumiu o volante Magrão.
O Corinthians, já se tornou rotina, tinha dificuldade enorme para articular jogadas.
Para piorar, o único armador da equipe, Roger, não estava em uma noite inspirada.
Chegou até a levar bronca do zagueiro Betão por não recuar para buscar a bola e organizar a saída de jogo da equipe.
O time alvinegro ainda sofria por atuar no esquema 3-5-2. Isso porque seus dois alas, Tamandaré e Wellington, não mostravam qualidade ofensiva.
Havia ainda um efeito colateral nessa formação, já que o Bragantino jogava nas costas de Wellington. Com isso, Betão era obrigado a cobrir o lateral e foi-se carregando de faltas.
Assim, Arce e Amoroso, os homens de ataque do Corinthians, viraram meros espectadores de um confronto muito disputado na marcação, mas tecnicamente digno de dó.
No meio de um festival de chutões, passes errados, pontapés e divididas, houve raro momento de lucidez, quando Roger acordou e acertou a trave.
Em pouco tempo, as bolas alçadas na área se tornaram a principal opção ofensiva.
E o Corinthians, contando com a sorte, acabou se aproveitou melhor dela.
O atacante Amoroso, em cobrança de falta pela esquerda, levantou na área, a defesa e o goleiro Felipe bobearam, e a bola foi parar no fundo da rede.
"Eu bati a falta justamente para que ela quicasse na frente do goleiro e dificultasse", contou o autor do gol corintiano.
A vantagem, porém, durou muito pouco. Marcus Vinícius, de forma primária, cometeu pênalti em Alex Afonso, que bateu e empatou a partida.
Com a igualdade, sobrou para Roger, que foi substituído por Willian na segunda etapa.
Mas não adiantou absolutamente nada. O Corinthians continuou com as mesmas deficiências, já que nitidamente o problema não está nas peças, mas sim no esquema tático.
O time do Bragantino, por sua vez, mudou seu posicionamento no gramado. Passou a marcar mais à frente e a pressionar a equipe visitante.
No entanto faltava competência ao time da casa.
Diante das dificuldades, Leão sacou outro medalhão, Amoroso, para colocar Wilson.
Mais uma vez, o panorama da partida não se alterou.
O time corintiano limitava-se a parar as jogadas ofensivas do adversário. E conseguiu finalizar somente duas vezes ao gol do Bragantino em todo o segundo tempo.
Para a sorte, em uma delas, Marcus Vinícius, de cabeça, fez o gol da vitória corintiana.


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