|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Corinthians põe fim a jejum e sonha
Após cinco jogos sem vencer, time de Leão joga mal, mas bate Bragantino e se mantém na luta por uma vaga nas semifinais
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
O Corinthians, mais uma vez,
não jogou bem. Mas isso não
importa a esta altura do Campeonato Paulista-2007.
A combalida equipe do treinador Emerson Leão, depois de
cinco partidas de jejum, enfim,
voltou a vencer no torneio.
E, a seis rodadas para o final
da fase de classificação, continua a sonhar com uma das quatro vagas para as semifinais.
Com a vitória por 2 a 1 sobre o
Bragantino, o time de Leão,
que, na tentativa de amenizar a
pressão de sua torcida, levou o
time para Atibaia na sexta-feira, está a quatro pontos do Noroeste, que está quarto lugar.
O triunfo veio no sufoco, aos
42min do segundo tempo, com
gol do zagueiro Marcus Vinícius. "Qualidade a gente deixa
para depois. Agora o importante é vencer as partidas", resumiu o volante Magrão.
O Corinthians, já se tornou
rotina, tinha dificuldade enorme para articular jogadas.
Para piorar, o único armador
da equipe, Roger, não estava
em uma noite inspirada.
Chegou até a levar bronca do
zagueiro Betão por não recuar
para buscar a bola e organizar a
saída de jogo da equipe.
O time alvinegro ainda sofria
por atuar no esquema 3-5-2. Isso porque seus dois alas, Tamandaré e Wellington, não
mostravam qualidade ofensiva.
Havia ainda um efeito colateral nessa formação, já que o
Bragantino jogava nas costas de
Wellington. Com isso, Betão
era obrigado a cobrir o lateral e
foi-se carregando de faltas.
Assim, Arce e Amoroso, os
homens de ataque do Corinthians, viraram meros espectadores de um confronto muito
disputado na marcação, mas
tecnicamente digno de dó.
No meio de um festival de
chutões, passes errados, pontapés e divididas, houve raro momento de lucidez, quando Roger acordou e acertou a trave.
Em pouco tempo, as bolas alçadas na área se tornaram a
principal opção ofensiva.
E o Corinthians, contando
com a sorte, acabou se aproveitou melhor dela.
O atacante Amoroso, em cobrança de falta pela esquerda,
levantou na área, a defesa e o
goleiro Felipe bobearam, e a
bola foi parar no fundo da rede.
"Eu bati a falta justamente
para que ela quicasse na frente
do goleiro e dificultasse", contou o autor do gol corintiano.
A vantagem, porém, durou
muito pouco. Marcus Vinícius,
de forma primária, cometeu
pênalti em Alex Afonso, que bateu e empatou a partida.
Com a igualdade, sobrou para Roger, que foi substituído
por Willian na segunda etapa.
Mas não adiantou absolutamente nada. O Corinthians
continuou com as mesmas deficiências, já que nitidamente o
problema não está nas peças,
mas sim no esquema tático.
O time do Bragantino, por
sua vez, mudou seu posicionamento no gramado. Passou a
marcar mais à frente e a pressionar a equipe visitante.
No entanto faltava competência ao time da casa.
Diante das dificuldades, Leão
sacou outro medalhão, Amoroso, para colocar Wilson.
Mais uma vez, o panorama da
partida não se alterou.
O time corintiano limitava-se a parar as jogadas ofensivas
do adversário. E conseguiu finalizar somente duas vezes ao
gol do Bragantino em todo o segundo tempo.
Para a sorte, em uma delas,
Marcus Vinícius, de cabeça, fez
o gol da vitória corintiana.
Texto Anterior: Juca Kfouri: E a pergunta continua no ar Próximo Texto: Redenção: Defensor exalta a raça Índice
|