Time, que hoje enfrenta o Rio Preto no Paulista, prega a valorização coletiva e evita exaltar atuações individuais

No Brasileiro de 2007, desempenhos destacados de atletas como Finazzi e Felipe não serviram para impedir queda à Série B

EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Com defesas marcantes e personalidade forte, Felipe se tornou ídolo corintiano em meio ao caos que terminou com o time na Série B. Trajetórias como a do goleiro no clube é tudo o que o atual elenco tem tentado evitar nesta temporada.
O Corinthians, que hoje pega o Rio Preto às 21h50, tem rejeitado o surgimento de destaques individuais em benefício da valorização coletiva, pregada no grupo como a única forma de atingir os objetivos estipulados para a temporada.
O time busca exemplos de como ações individuais nem sempre são produtivas na campanha do Brasileiro em 2007.
Além de Felipe, o atacante Finazzi também ganhou projeção e status dentro do elenco. Mas as atuações deles não foram suficientes para evitar o rebaixamento da equipe.
Conselheiros do clube, aliás, dizem ter ouvido do presidente Andres Sanchez que ambos os atletas foram alertados por seus colegas da nova doutrina vigente, que prega a valorização coletiva no Corinthians.
"O que todos precisam entender é que aqui não há mais salvador da pátria. Se o time afundar, afunda todo mundo. Se o time tiver sucesso, todos terão", afirma o diretor técnico corintiano, Antônio Carlos.
A prevenção contra o aparecimento de heróis considerados improdutivos tem sido feita dentro do próprio elenco, com conversas informais entre os jogadores, sobretudo com conselhos dos mais experientes para os novatos.
É o caso de Fabinho. Logo após a vitória do time contra o Guaratinguetá, ele mandou recado a Dentinho, que acabara de marcar os dois gols do jogo. "Ele está num momento especial, mas tem que tomar cuidado. Não só dentro de campo, como também fora", avisou.
Segundo o volante, conselhos como esse são rotina no elenco. "A gente fala não com relação a atrapalhar o grupo, mas atrapalhar a própria carreira. A preocupação é válida para todos."
"Quando o time está bem, todos estão bem", diz Perdigão, que hoje deve ser titular, no lugar do suspenso Bóvio.
"Isso [ter destaque mas perder] não é bom. Como não foi no ano passado", diz Perdigão.
Além da mudança de volantes no time, o Corinthians terá a volta de André Santos.
Segundo o técnico Mano Menezes, o lateral-esquerdo deve voltar desempenhando a função de meio-campista. "Ele pode atuar de ala, com o time com três zagueiros, ou posso colocá-lo pela esquerda, numa segunda linha de quatro jogadores", diz o treinador corintiano.