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AUTOMOBILISMO
Indústria ameaça rever acordo fechado no ano passado caso o Congresso dos EUA aumente os impostos
Cigarro pode ganhar "sobrevida' na Indy
FÁBIO SEIXAS
enviado especial a Homestead
Um comunicado da indústria tabagista, publicado ontem nos
principais jornais norte-americanos, pode dar fôlego extra ao patrocínio do setor na Indy.
Assinado pelos quatro principais
grupos do mercado nos EUA -R.
J. Reynolds, Brown & Williamson,
Philip Morris e Lorillard Tobacco-, o anúncio ameaça rever todo o acordo sobre a publicidade de
cigarros no país.
O patrocínio de marcas de cigarro no esporte está incluído em um
pacote fechado em junho do ano
passado, entre indústria, governo
e Congresso dos EUA.
Por ser considerado "politicamente correto" e contar com
apoio popular, sua aprovação era
dada como certa neste ano.
Desde que foi divulgado, o acordo pôs a Indy em alerta. Quatro
das maiores equipes da categoria
têm marcas de cigarro como patrocinadores principais.
Além disso, algumas etapas do
campeonato são patrocinadas exclusivamente pelo tabaco.
O estopim para o comunicado
de ontem é a pressão que lobistas e
deputados ligados a movimentos
antitabagistas vêm exercendo no
Congresso para o aumento na taxação sobre o cigarro.
O "pool" do cigarro enumera as
cessões que está fazendo em nome
do acordo -como a doação de
US$ 25 bilhões para a pesquisa de
doenças ligadas ao tabaco e o banimento das máquinas de vendas- e pede apoio do presidente e
do Congresso.
A possibilidade de o acordo voltar a ser discutido deve ser recebida com satisfação na Indy, que já
enfrenta leis estaduais.
Cobertos com lonas pretas, os
caminhões com os carros começaram a chegar ontem ao autódromo de Homestead, onde domingo
começa a temporada 98 -a Flórida proíbe a exibição de marcas de
cigarros nas rodovias.
O jornalista Fábio Seixas viaja a Miami a convite
da Souza Cruz
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