São Paulo, quinta, 12 de março de 1998

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AUTOMOBILISMO
Indústria ameaça rever acordo fechado no ano passado caso o Congresso dos EUA aumente os impostos
Cigarro pode ganhar "sobrevida' na Indy

FÁBIO SEIXAS
enviado especial a Homestead

Um comunicado da indústria tabagista, publicado ontem nos principais jornais norte-americanos, pode dar fôlego extra ao patrocínio do setor na Indy.
Assinado pelos quatro principais grupos do mercado nos EUA -R. J. Reynolds, Brown & Williamson, Philip Morris e Lorillard Tobacco-, o anúncio ameaça rever todo o acordo sobre a publicidade de cigarros no país.
O patrocínio de marcas de cigarro no esporte está incluído em um pacote fechado em junho do ano passado, entre indústria, governo e Congresso dos EUA.
Por ser considerado "politicamente correto" e contar com apoio popular, sua aprovação era dada como certa neste ano.
Desde que foi divulgado, o acordo pôs a Indy em alerta. Quatro das maiores equipes da categoria têm marcas de cigarro como patrocinadores principais.
Além disso, algumas etapas do campeonato são patrocinadas exclusivamente pelo tabaco.
O estopim para o comunicado de ontem é a pressão que lobistas e deputados ligados a movimentos antitabagistas vêm exercendo no Congresso para o aumento na taxação sobre o cigarro.
O "pool" do cigarro enumera as cessões que está fazendo em nome do acordo -como a doação de US$ 25 bilhões para a pesquisa de doenças ligadas ao tabaco e o banimento das máquinas de vendas- e pede apoio do presidente e do Congresso.
A possibilidade de o acordo voltar a ser discutido deve ser recebida com satisfação na Indy, que já enfrenta leis estaduais.
Cobertos com lonas pretas, os caminhões com os carros começaram a chegar ontem ao autódromo de Homestead, onde domingo começa a temporada 98 -a Flórida proíbe a exibição de marcas de cigarros nas rodovias.


O jornalista Fábio Seixas viaja a Miami a convite da Souza Cruz



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