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VÔLEI
Os tropeços
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Surpresas na fase decisiva
da Superliga. Quem diria que
os loirinhos da Ulbra, jogando em
casa, iriam perder por 3 sets a 0
da Unisul na primeira partida
das finais? E o Finasa/Osasco?
Tropeçou novamente diante do
Rexona e se complicou: a vaga na
semifinal vai ser decidida agora
em um quinto jogo.
Em Canoas, tudo parecia seguir
o mesmo roteiro. Os atletas da Ulbra entraram em quadra com os
cabelos descoloridos, repetindo o
que fizeram nas finais da última
temporada, quando foram campeões. Mas, no jogo, quem deu as
cartas foi a Unisul, que destruiu o
rival com um saque poderoso.
O técnico da Ulbra, Marcelo
Fronckowiak, fez o que era possível: mudou os ponteiros na tentativa de melhorar a recepção. Trocou até o levantador Rapha pelo
reserva Evandro. Para complicar,
o saque da Ulbra não funcionou.
Resultado: Marcelinho, o levantador da Unisul, jogou com a bola
na mão e deu show.
A vitória na casa do adversário
deixou a Unisul, dos atacantes
Milinkovic e André Heller, em
uma posição bem confortável. Se
ganhar o próximo confronto, na
quinta-feira, em Florianópolis,
vai ficar a uma vitória do título.
Mas pelo que mostrou na temporada, a Ulbra não vai jogar tão
mal duas partidas seguidas.
No feminino, o Rexona mostrou
uma defesa surpreendente e uma
Sassá totalmente inspirada. Resultado: o time venceu o Osasco
por 3 sets a 0 com a eficiência dos
ataques e contra-ataques. A grande diferença no jogo foi essa. O
Rexona marcou 48 pontos nesse
fundamento, contra 31 do Osasco.
A última partida será na quarta
em Osasco e toda a pressão estará
sobre o time da casa. O Rexona,
de Fofão, vai jogar sem esse peso.
Em jogos decisivos, o emocional é
fundamental. O Osasco, com um
time melhor, já não é mais tão favorito, mas ainda aposto minhas
fichas na sua classificação.
Na seleção, tem novidade entre
os 18 convocados por Bernardinho para a Liga Mundial. A surpresa é Joel. Ex-Banespa, o atacante brilhou no Campeonato
Italiano. O seu time, o Montichiari, foi eliminado, mas ele foi o terceiro maior pontuador do torneio
(20 pontos por jogo) e o rei do saque. Marcou 67 aces.
A última participação dele na
seleção foi no Pré-Olímpico para
os Jogos de Sydney, em 2000. O
Brasil, na época dirigido por Radamés Lattari, fazia uma partida
dramática contra a Argentina.
Joel foi o maior pontuador do jogo (27 pontos) e o salvador do time, que venceu por 3 sets a 2.
Foi tamanho o alívio com a
classificação que naquele dia o
presidente da CBV, Ary Graça,
até brincou com Joel: "Hoje, você
pode fazer o que quiser. Boto duas
limusines à sua disposição". O
certo é que a vitória evitou uma
crise na época e manteve ainda
Lattari no comando da equipe.
Apesar disso, Joel nunca mais
jogou pela seleção. Mesmo sendo
o herói da classificação, não foi
convocado para os Jogos de
Sydney. Desiludido, fez as malas e
foi jogar na Itália. Na seleção, vai
disputar uma vaga de oposto com
André Nascimento e Anderson,
mas tem poucas chances de ficar
entre os 12.
Seleção
Maurício, Dante e Rodrigão se juntam hoje, no Rio, ao líbero Escadinha e começam a treinar. A relação dos 18 jogadores inscritos para a
Liga é a seguinte: Maurício, Ricardinho e Marcelinho (levantadores);
Minuzzi, Giovane, Giba, Murilo e Dante (ponteiros); Anderson, André Nascimento e Joel (opostos); André Heller, Henrique, Gustavo,
Rodrigão e Felizardo (centrais); Escadinha e Alan (líberos).
Italiano
O Cuneo, de Giba, e o Macerata, desfalcado de Nalbert, fazem o confronto mais disputado das quartas-de-final do Italiano. No fim de semana, o Macerata venceu por 3 a 2 e levou a decisão para o quinto jogo. O vencedor pegará o Treviso, que eliminou o Latina, de Gustavo.
A outra semifinal reunirá Piacenza e Perugia.
E-mail: cidasan@uol.com.br
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