A diretoria do Corinthians ofereceu aos cartolas são-paulinos os dez melhores assentos da tribuna de honra do Pacaembu. A ordem partiu do presidente do clube, Andres Sanchez, que não sabe se irá ao estádio hoje à tarde. O gesto corintiano pode ser entendido como um sinal de paz, mas na verdade é mais uma provocação ao rival. O clube alvinegro quer mostrar aos são-paulinos que o Pacaembu é, de fato, a casa do time e que sabe receber convidados. O local reservado, porém, também servirá para aos corintianos.

Cantinho. Os cartolas são--paulinos não sabem se irão aceitar o convite. A tendência é que o presidente Juvenal Juvêncio acompanhe o jogo do vestiário do Pacaembu. O superintendente de futebol do clube, Marco Aurélio Cunha, deve fazer o mesmo.

Polonês. O grande receio dos são-paulinos é que, para chegar à tribuna do Pacaembu, eles têm que passar por torcedores corintianos.

Recíproca. O São Paulo afirma que o tratamento aos corintianos no Morumbi será melhor. "Eles poderão ficar num camarote isolado, com poltronas de couro, TV de LCD e serviço de bar com garçons", afirma Cunha.

Emissário. Aliados de Andres Sanchez contam que até o ex-presidente corintiano Wadih Helou, amigo de Juvenal Juvêncio, tentou convencer o presidente corintiano a acabar com a briga com o São Paulo. O pedido foi em vão.

Pacificador. Do presidente palmeirense, Luiz Gonzaga Belluzzo, sobre a briga entre São Paulo e Corinthians: "Temos que brigar só dentro de campo. Isso [a briga nos bastidores] não é inteligente. Temos que acertar os ponteiros para ganhar mais dinheiro".

Sem convencer. O presidente do C13, Fábio Koff, almoçou com o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr. Falaram sobre o cadastramento de torcedores. Koff, porém, continua contrário à ideia.

Forcinha. Delair Dumbrosck, presidente do Flamengo, tenta convencer Koff a aceitar o cadastramento. Segundo ele, o C13 pode nomear um interlocutor para discutir a identificação de torcedores.

Iguais. O presidente flamenguista tem usado pessoas ilustres, como Santos Dumont e Thomas Edison para motivar seus atletas na reta final do Estadual. "Eles contrariaram a todos que duvidavam deles. Vocês [jogadores] também podem fazer isso."

De lado. O presidente da comissão de Educação, Esporte e Cultura do Senado, Flávio Arns (PT-PR), questiona a importância dada pelo governo ao esporte. ""Se o orçamento do Esporte foi contingenciado em 86%, então sua prioridade é baixa."

Não é assim. A diretoria do Palmeiras diz que não pagará R$ 30 mil aos atletas pela vitória contra o Sport, como alegam cartolas. Conta que o prêmio já havia sido combinado no início do ano.

Dividida

"Nossa grandeza incomoda. Aí os mais fracos se juntam contra o mais forte"
Do superintendente do São Paulo, MARCO AURÉLIO CUNHA , sobre a união de corintianos e palmeirenses para não atuarem no Morumbi se passarem à final do Paulista

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