São Paulo, segunda-feira, 12 de abril de 2010

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Nem com "apitaço" Prudente segura rival

De virada, Santo André quebra série invicta de oponente e amplia vantagem

Prudente 1
Santo André 2


RENAN CACIOLI
ENVIADO ESPECIAL A PRESIDENTE PRUDENTE

Quando Diego marcou o gol do Grêmio Prudente, corintianos, "Ronaldinhos" e até são- -paulinos e santistas, rivais até meia hora antes do jogo contra o Santo André começar, abraçaram-se e vibraram.
Descamisada, a torcida do time da casa teve de se manifestar de forma diferente para apoiar a equipe: o apitaço.
Desde que o clube trocou Barueri por Prudente, há cerca de três meses, poucas camisas de um primeiro lote foram vendidas já com o escudo novo.
Por isso, em meio à maioria de torcedores vestidos "à paisana", destacavam-se camisas da seleção brasileira, dos quatro grandes clubes do Estado, do ex-Grêmio Barueri e até uma do selecionado mexicano.
Muitos santistas duplicaram a programação futebolística e, após acompanharem o time bater o São Paulo na outra semifinal pela TV, foram para o estádio Eduardo José Farah.
Caracterizada, só a recém- -criada organizada "Ultras Prudentino", idealizada por um grupo de estudantes. Uniformizados com camisas nas cores branca e azul, fizeram barulho atrás do gol. Gritos de "Grêmio" só eram interrompidos pelo som dos apitos que o clube distribuiu aos presentes e pela banda que animava o público.
A festa camaleônica do povo prudentino não durou muito.
Em campo, o Santo André dominou a maior parte do confronto, mesmo com o gol sofrido aos 42min da etapa inicial.
No segundo tempo, os anfitriões mal conseguiram criar uma jogada que levasse perigo. As melhores chances nasciam na bola parada com Marcos Assunção, como ocorreu no gol.
A banda e os "Ultras" silenciaram logo aos 5min, quando Branquinho recebeu na área e chutou cruzado para empatar.
Após Carlinhos acertar o travessão do goleiro Márcio, aos 11min, o gol da virada saiu dois minutos mais tarde, com Rodriguinho, que fez o 14º gol no campeonato -tem um a menos que Ricardo Bueno, do Oeste.
A partir daí, os sons mais ouvidos no Prudentão, como é conhecido o estádio, foram contra o adversário andreense. "Pisa na garganta dele!", berrou um torcedor visivelmente embriagado, irritado com a finta que o meia Bruno César acabara de aplicar em João Vítor.
Aos 36min, a banda voltou a tocar para animar os 10.919 pagantes. Os apitos, antes ensurdecedores, agora pipocavam timidamente -o prefeito Milton Carlos de Mello (PTB) até bateu boca com torcedor que protestou contra o "apitaço".
O Santo André fora justamente o último time a derrotar o Prudente, em 21 de fevereiro (3 a 1). Desde então, o ex-Barueri obtivera um empate e oito vitórias. No domingo, o clube do ABC jogará em casa podendo perder até por um gol. E sem nenhum apito para atrapalhar.


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