São Paulo, segunda-feira, 12 de maio de 2008

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Corinthians mais que dobra ganho com bilheterias

Time tem renda líquida de quase R$ 2,8 milhões em 2008, mais do que o dobro no mesmo momento do ano passado

Média de público por partida cresce 72% apesar de time estar na Série B e de fazer campanha só razoável no Campeonato Paulista-08


PAULO COBOS
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

No caixa, por ora, o Corinthians não tem do que reclamar do seu status de time de Série B.
O clube paulistano mais do que dobrou a sua renda líqüida com a venda de ingressos na temporada em relação ao mesmo estágio do ano passado.
Já entraram nos cofres corintianos R$ 2,77 milhões nos 14 jogos que o time fez como mandante -isso já depois de todos os descontos.
Após a primeira rodada do Brasileiro de 2007, quando estava na primeira divisão, o clube somava 13 partidas como mandante no ano e tinha renda líqüida de R$ 1,13 milhão.
O crescimento no faturamento é até maior do que o aumento na média de público do time, que também é expressivo (72%, de 14,2 mil por jogo para 24,4 mil), mesmo com o clube fazendo promoções na Copa do Brasil. Isso acontece porque o valor médio dos ingressos corintianos teve um ligeiro aumento, de R$ 15,1 para R$ 15,9, e alguns descontos das rendas são fixos, o que significa que quanto maior a renda maior proporcionalmente será também a arrecadação líqüida.
O Corinthians estima que poderia faturar outros R$ 2 milhões se o clube tivesse disputado a final do Paulista, em que não passou da primeira fase.
A diretoria vê benefícios esportivos e econômicos pelo fato de o clube já ter vendido 322 mil ingressos como mandante em 2008 -eram 185 mil no ano passado, no início de maio.
"Mais gente no campo significa mais vendas de camisa, aumentam outras arrecadações", diz Raul Correa da Silva, vice-presidente financeiro do clube, que tem uma teoria sobre a volta dos corintianos aos estádios.
"Em 2007 o clube passou o ano vivendo denúncias, com o clima muito negativo. Esse clima tem efeito direto na torcida", afirma o cartola.
Pela previsão orçamentária para a temporada, o Corinthians esperava arrecadar R$ 8,5 milhões líqüidos com bilheteria. "Foi uma previsão pessimista", afirma Correa, que com o movimento visto até agora já fala em R$ 10 milhões.
Na Série B, o clube não deve repetir o preço promocional de R$ 10 para uma arquibancada cobrado nos jogos contra Goiás e São Caetano, pela Copa do Brasil, quando levou, em duas vitórias, ao Morumbi, somando os dois confrontos, quase 100 mil torcedores.
Isso pela capacidade do Pacaembu, que não comporta 40 mil pagantes -contra o CRB, anteontem, na vitória de 3 a 2, foram pouco mais de 32 mil ingressos vendidos.
E também pelo horário das 16h aos sábados, considerado atraente para os torcedores pelos cartolas corintianos.
A diretoria teme que a falta de espaço no estádio municipal cause tumultos na venda dos ingressos e na entrada dos fãs no Pacaembu.


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