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Para Brawn, Red Bull é ameaça na temporada
Dirigente inglês acredita que Vettel e
Webber irão lutar por mais vitórias
Carro da equipe, que lidera Mundial de Construtores, pode ganhar logotipo
da Mercedes-Benz, de
quem recebe os motores
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A BARCELONA
Nem Ferrari nem McLaren,
e muito menos BMW. Após alcançar um aproveitamento de
84% dos pontos disputados
com a segunda dobradinha do
ano, conquistada anteontem,
no GP da Espanha, a Brawn GP
já sabe em quem terá de ficar de
olho se quiser ganhar o Mundial de F-1: a Red Bull.
"Eles têm bons pilotos, um
ótimo grupo de pessoas e me
parecem o maior desafio no
momento", disse Ross Brawn,
dono da equipe que leva seu nome, após a quarta vitória de
Jenson Button em cinco GPs.
Rubens Barrichelo, que liderou por boa parte da corrida,
terminou em segundo depois
que a equipe trocou apenas a
estratégia de seu companheiro.
Após se reunir com o time, disse ter sido convencido de que
fora apenas uma coincidência.
Com o resultado, Button aumentou sua folga no Mundial.
Tem agora 14 pontos a mais que
Barrichello, que manteve-se
em segundo. Atrás da dupla da
Brawn aparece o duo da Red
Bull: Sebastian Vettel, com 23,
e Mark Webber, com 15,5.
"Outros times vão melhorar
e devem lutar por vitórias, mas
a Red Bull me parece a mais
forte", disse Brawn, que fez
questão de dizer que não há ordens para favorecer Button.
Apesar de a Red Bull ter anotado 38,5 pontos até agora, contra os 81 da Brawn, o temor do
dirigente se justifica por mais
uma boa apresentação da rival,
desta vez em Barcelona.
Além do terceiro lugar de
Webber, que usou uma estratégia inteligente para "roubar" o
posto de Felipe Massa, Vettel
ainda completou a prova na
quarta posição. E, de acordo
com Brawn, apenas porque ficou preso atrás do ferrarista.
"Sebastian tinha muito em
suas mãos mas simplesmente
não conseguiu usar. É a segunda vez que ele é impedido de
mostrar o que pode fazer", falou Brawn sobre o único piloto
fora Button que venceu uma
prova neste ano -foi na China.
O excelente desempenho da
Brawn já começa a render frutos ao time, comprado pelo dirigente inglês após a Honda
anunciar em dezembro que não
manteria mais equipe na F-1.
A Mercedes, que fornece seu
motores para a Brawn GP mas
que não tem o seu logo estampado no carro, já cogita a hipótese de começar a colocar sua
marca no bico do BGP 001.
"Temos várias opções e isso
nos foi oferecido", afirmou
Norbert Haug, diretor da empresa alemã, dona de 40% da
McLaren, escuderia que vem
sofrendo com maus resultados.
Mas a falta de uma grande
montadora por trás da equipe,
até agora, não fez falta à Brawn.
"Estamos fazendo tudo por
nós mesmos, então temos uma
certa liberdade e talvez seja este o motivo do nosso brilho",
declarou o dono do time.
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