São Paulo, quinta-feira, 12 de maio de 2011

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Aplausos

Palmeiras tira invencibilidade do Coritiba, recupera brio abalado após vexame, ouve torcida gritar "olé" e resgata esperança para o Brasileiro

Palmeiras 2
Emerson (contra), a 1min, e Marcos Assunção, aos 20min do 2º tempo
Coritiba 0

DE SÃO PAULO

O dia em que o Palmeiras precisava fazer sete gols foi visto por poucos, mas será lembrado por muitos.
Não, o time de Luiz Felipe Scolari não alcançou tal façanha. Mas conquistou um meio milagre. Tirou uma invencibilidade de 29 jogos do Coritiba, sendo 24 vitórias seguidas, o que foi como um prêmio de consolação.
No final das contas, os 2 a 0 ficaram bem distantes dos 6 a 0 sofridos na semana passada. Mas foram suficientes para levantar a cabeça do torcedor palmeirense.
O Coritiba está classificado para as semifinais da Copa do Brasil e enfrentará o Ceará, que eliminou o Flamengo. E o primeiro semestre do Palmeiras, que começou tão bem, acabou no lixo.
Foram longos 90 minutos de sofrimento e fé. Que o digam os 6.968 palmeirenses que foram ao Pacaembu.
Eram poucos, mas muito mais do que se esperava. Estavam com uma esperança admirável e inabalável.
Faltando uma hora para o jogo, o sossego reinava nos arredores do Pacaembu. Havia mais policiais do que torcedores. Os guardadores de carros, em vão, balançavam os braços para os motoristas.
Os ambulantes e os cambistas sofriam de tédio.
Na praça Charles Miller, onde se concentram as torcidas, não havia quase ninguém. Silêncio quebrado pelo hino do Palmeiras tocado por um carro, bem distante, na avenida Pacaembu.
Minutos depois, um grupo ensaiou protesto com faixas de "safados" e "baladeiros".
Problema maior na avenida Doutor Arnaldo: pedras foram atiradas no ônibus do Palmeiras. Janela quebrada, mas sem feridos. Dentro da arena não houve protesto.
Pelo contrário: muito apoio.
Difícil dizer quantos acreditavam, de verdade, no milagre da classificação. Mas o apoio parecia incondicional.
Já a torcida do Coritiba, em grande número, festejava a classificação desde o início.
Por volta dos 30min, veio a irritação palmeirense. O time dominava, mas sem chances claras. O Coritiba se segurava e até perdeu boa chance.
Mas a segunda etapa começou mais empolgante.
Antes do primeiro minuto, veio o primeiro gol, contra. O Palmeiras era bem melhor, e pressionava. Bill, atacante do Coritiba, foi expulso.
Aos 20 min, o segundo gol, em falta bem cobrada por Marcos Assunção.
Mas os 6 a 0 em Curitiba foram demais para qualquer reação. O tempo passava, o Coritiba se fechou.
Aos palmeirenses, a alegria pela vitória e pela reação. Gritos de "olé" a cada toque de bola e aplausos efusivos no fim. A esperança para o Campeonato Brasileiro está garantida. (LUCAS REIS)


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