São Paulo, quinta-feira, 12 de maio de 2011

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Por arena, construtor arrisca bens

Sócios da WTorre dão suas posses como garantia ao clube alviverde

BERNARDO ITRI
EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC
LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

Relutante em assinar a escritura da Arena Palestra por causa do seguro da obra, o presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, enfim, conseguiu garantias da WTorre que o satisfazem.
As principais são bens pessoais de Walter Torre, sócio da construtora, e de Paulo Remy, CEO da empresa.
No total, eles cedem ao clube garantias que ultrapassam os R$ 200 milhões.
"Sou fiador com meus bens pessoais, já que não existe a possibilidade de a WTorre deixar de executar a obra. A garantia são todos os meus ativos, tenho milhões de metros quadrados em ativos imobiliários", confirmou ontem à Folha Walter Torre.
Essas foram as garantias que, no entender de Tirone, dão a certeza de que o estádio do clube será construído.
"A minuta do acordo já está sendo finalizada pelos [departamentos] jurídicos do Palmeiras e da WTorre. Quando estiver pronta, eu assino", disse o presidente.
Segundo Torre, além da fiança pessoal, haverá ainda o seguro de performance.
"A companhia não fazia um seguro no valor que o clube queria. Então, esta foi a solução que encontramos para desfazer esse impasse", argumentou Torre.
Como Paulo Remy é sócio de Torre nesse empreendimento, bens do executivo também foram incluídos na garantia pessoal ao clube.
As atividades nas obras da arena, no entanto, não serão retomadas hoje. Torre diz que os trabalhos no local só voltarão ao normal no dia seguinte à assinatura da escritura -Tirone promete que isso acontecerá hoje.
O fim do imbróglio e a retomada das obras não significarão, necessariamente, que as divergências entre empresa e clube terminam.
As garantias oferecidas pela WTorre passarão pelo COF (Conselho de Orientação e Fiscalização), o que pode gerar novos atritos. A parceria com a empresa enfrenta resistências no clube.
Vários conselheiros palmeirenses, alguns aliados da atual diretoria, ainda questionam tópicos do contrato, que, afirmam, é prejudicial para o Palmeiras.
O prazo de 30 anos de administração da Arena Palestra pela WTorre, considerado longo demais por uma corrente palmeirense, é a principal queixa dos conselheiros.
Para aceitar assinar a escritura da Arena Palestra, Tirone convenceu a WTorre a rever outros pontos do contrato. A construtora havia descartado qualquer mudança no acordo firmado.


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