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Corintianos temem
violência no clássico
DA REPORTAGEM LOCAL
Provocações entre jogadores e
dirigentes viraram rotina nos últimos clássicos entre Corinthians e
São Paulo. Mas agora os corintianos temem um jogo violento no
domingo e pedem uma trégua.
O lateral Rogério, capitão do time de Geninho com a ida de Fábio Luciano para a seleção brasileira, disse que vai orientar os
companheiros a evitar polêmica.
"Ninguém deve colocar lenha
na fogueira. Essas provocações
instigam os torcedores e podem
provocar brigas na arquibancada
e no campo", disse o lateral. Para
ele, a rivalidade entre os dois clubes "está passando dos limites".
Nesta semana, começou uma
nova troca de farpas. Primeiro, o
site oficial do time do Parque São
Jorge chamou o Morumbi de salão de festas corintiano.
Os são-paulinos reagiram. O
atacante Reinaldo disse que o Corinthians não tem passaporte, referindo-se ao fato de o adversário
não ter em seu currículo títulos
importantes conquistados fora do
país. Rico, também atacante, afirmou que jogar com o rival é igual
a enfrentar o Íbis-PE, que fez fama
como o pior time do mundo.
Antes mesmo de Rogério orientar os colegas, os corintianos já dizem temer que aconteça uma repetição do clima hostil da final do
último Campeonato Paulista.
Naquela ocasião, Vampeta chamou o adversário de freguês. Os
dirigentes travaram uma batalha
nos bastidores para decidir quem
ficaria com o título em caso de
igualdade de pontos e saldo de
gols nos dois jogos decisivos.
Após uma semana de provocações, o segundo jogo começou
violento e teve duas expulsões
(Kléber e Reinaldo) no início.
"Tudo que falam fora do gramado acaba sendo levado para
dentro dele. Isso pode motivar
mais o time a vencer, mas torna a
partida mais perigosa para todos", disse o meia Jorge Wagner.
Porém Rogério não vai conversar com os são-paulinos para pedir paz. "Não tenho amizade com
eles. Só sou amigo do Ricardinho,
que está na seleção brasileira."
O volante Fabrício acabou respondendo aos rivais. "Acho que
eles falam do Corinthians porque
têm vontade de jogar aqui", disse.
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