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GINÁSTICA ARTÍSTICA
Projeto itinerante é visto como ferramenta para levar modalidade a diversas praças do país
Confederação vai colocar aparelhos usados em caravana
CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL
Um contêiner é o principal
trunfo da Confederação Brasileira
de Ginástica para colocar em prática seu mais ousado projeto para
divulgar o esporte no país.
Adaptada para viajar por todo o
Brasil em um caminhão, que será
alugado, uma grande caixa levará
em seu interior equipamentos de
ginástica artística usados e alguns
terminais de computador com
acesso à internet.
Em um prazo de 45 dias, o contêiner deverá estar pronto e, a partir de então, seu conteúdo será
usado para levar a ginástica artística a diferentes praças esportivas,
para viabilizar torneios e para assessorar federações estaduais.
"A idéia surgiu em 91, quando
assumi a direção da confederação. Ainda estamos negociando
qual será o tamanho do contêiner,
mas é um sonho que começa a se
tornar realidade", afirma Vicélia
Florenzano, presidente da CBG.
O projeto ganhou força na última semana, quando a entidade
recebeu em sua sede em Curitiba,
após um ano de espera, novos
conjuntos de aparelhos de ginástica olímpica masculina e feminina e resolveu "reciclar" os antigos.
"Vamos fazer um rodízio com
os aparelhos. O contêiner irá carregar os conjuntos masculino e feminino da geração de 2000. Com
ele, será possível diversificar os locais de competição, que eram
sempre os mesmos", diz Vicélia.
Segundo ela, o projeto, além de
viabilizar novos torneios, irá possibilitar a realização de clínicas e
ajudará a alcançar os 5.000 atletas
cadastrados pela entidade.
Pelo projeto itinerante, todo o
aparato deixará Curitiba, com
destino ao local das competições,
com pelo menos uma semana de
antecedência. E, além de servir
aos torneios, será usado para exibições públicas dos principais nomes da ginástica.
"Essa divulgação é o primeiro
passo para massificar a ginástica.
Fora isso, os cursos darão condições técnicas para que as pessoas
ligadas ao esporte possam se especializar", afirma Leonardo Finco, treinador da seleção masculina de ginástica artística.
Os últimos acessórios do projeto, os computadores, vão ser instalados dentro do contêiner e serão responsáveis por agilizar o
acesso do público e da imprensa
aos resultados das provas e às notícias da confederação.
Sem divulgar cifras do projeto
-que será bancado com verbas
da CBG, em parceria com as federações- ou o roteiro que o contêiner seguirá, a entidade diz que,
por enquanto, a iniciativa não terá
nenhum retorno financeiro.
Para o técnico ucraniano Oleg
Ostapenko, que dirige a seleção
feminina, o projeto contribuirá
para a evolução da modalidade.
"Ao disponibilizar a estrutura da
ginástica a novos atletas, ele ajudará o esporte, que ainda está em
desenvolvimento no Brasil."
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