São Paulo, segunda-feira, 12 de junho de 2006

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Conquista do hexa não é obrigação, diz Parreira

Técnico diz que missão do Brasil é dar o melhor e fazer boa Copa, não ganhar

Treinador compara peso nos ombros dos jogadores ao de 1994 e afirma que, se repetir erros de treino, seleção não vai passar da primeira fase


DOS ENVIADOS A KÖNIGSTEIN

Dois dias antes da estréia da seleção brasileira no Mundial, o técnico Carlos Alberto Parreira disse ontem que seus comandados não têm a obrigação de ganhar a Copa do Mundo. Amanhã, a equipe abre sua participação no torneio contra a Croácia, em Berlim.
Atual campeão mundial, da Copa América e da Copa das Confederações, o time que contará com Ronaldo, artilheiro da última Copa, Ronaldinho, eleito melhor do mundo pela Fifa nas duas últimas temporadas, e companhia é apontado como favorito absoluto ao título deste ano. Líder do ranking da Fifa há mais de quatro anos, a seleção está em primeiro lugar na bolsa de aposta de Londres.
"Temos a obrigação de fazer uma boa Copa e de dar o melhor, mas não de ganhar", afirmou Parreira, antes de comandar o último treino da seleção em Königstein. Ontem, o time embarcou para Berlim.
O treinador chegou a afirmar que ""o peso atual nos ombros dos jogadores" é o mesmo de antes da disputa do Mundial de 1994, quando a seleção, também comandada por Parreira, conquistou o título, quebrando um jejum de 24 anos.
"Cada um de nós, como equipe, tem que fazer o melhor para chegar à final e ganhar a Copa, mas não temos a obrigação de ganhar o título. A responsabilidade pesa do mesmo jeito do que em 94, mas a forma é diferente", disse o treinador.
Anteontem, a seleção fracassou no treino. No último coletivo para a partida diante dos croatas, os titulares perderam para os reservas por 3 a 0.
Embora tenha declarado que não se importou com o resultado do treinamento, Parreira disse que o time será eliminado na primeira fase da competição caso cometa as falhas ocorridas nas atividades de anteontem. A equipe cometeu uma série de falhas de marcação.
"Se repetirmos nos jogos alguns erros que ocorreram [no treino], não passamos nem da primeira fase. Mas isto não vai acontecer", afirmou Parreira, que disputará o seu quinto Mundial como técnico. Além de comandar a seleção brasileira em 1994, ele trabalhou no Kuait, em 1982, nos Emirados Árabes, em 1990, e na Arábia Saudita, em 1998.
Depois de assistir aos jogos dos dois primeiros dias da Copa, o treinador disse que a Alemanha foi a seleção que o mais impressionou até agora.
"Eles mostraram um time bem postado, com muita força. Além disto, conseguiram se impor desde o início do jogo. Não posso dizer que a Alemanha é a melhor seleção, mas deixou a melhor impressão até agora", afirmou Parreira, que já havia apontado os alemães como favoritos ao título. Os donos da casa estrearam vencendo a Costa Rica por 4 a 2.
Para o treinador brasileiro, o Mundial da Alemanha "será a Copa da saúde".
"A Alemanha, o Equador [venceu a Polônia por 2 a 0] e a Inglaterra [derrotou o Paraguai por 1 a 0] mostraram que a condição física será fundamental neste Mundial. A intensidade e a velocidade de jogo e de marcação me chamaram muito a atenção", afirmou Parreira.


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