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Juca Kfouri
R, a letra da Copa
Jogadores cujos nomes começam
assim já fazem a
diferença nos jogos
NOS DOIS jogos do
chamado "grupo
da morte", Riquelme e Robben fizeram toda
a diferença.
O argentino é um maestro à moda antiga, o falso
lento que põe a bola onde
quer, dita o ritmo de seu time e aparece nas jogadas
decisivas, como nos três
gols (dois valeram) contra
a Costa do Marfim.
O holandês é diferente.
Ele não é o responsável
pela criação da equipe laranja. Mas é ele quem cria
quase tudo, mesmo aberto
pela esquerda, como um
autêntico ponta, desses
que não se fazem mais.
Aos 22 anos, idade de
menino, Robben não só
tem feição de adulto como
é o "homem esquadra",
como dizem os italianos.
Da equipe desta Folha
que está na Alemanha só
Clóvis Rossi entenderá,
mas Robben está para a
Holanda como Cláudio
Cristhovão de Pinho, o
Gerente, esteve para Corinthians, Palmeiras,
Santos e São Paulo nos
anos 40/50, com a diferença de que o brasileiro
jogava pela direita.
Já Riquelme está mais
para Ademir da Guia, embora seja o destro com
jeito mais canhoto dos últimos tempos.
Outros Rs ainda não estrearam. Como os Ronaldos brasileiros que, ao lado de Rivaldo, também fizeram da sua inicial a letra da Copa passada.
Quem sabe, se Parreira
deixar, Robinho se junte
a eles. Como Rooney, o
inglesinho que se recupera de uma fratura para
completar sua seleção.
Mas Riquelme e Robben já estrearam, e será
ingenuidade dizer que
basta pará-los para parar
(para, per, perante, por...)
a Argentina e a Holanda,
porque principalmente
os hermanos têm outras
feras para desequilibrar.
Será fundamental, no
entanto, vigiá-los muito
de perto se alguém quiser
ter destino diferente do
que tiveram as seleções
da Costa do Marfim e de
Sérvia e Montenegro.
É claro que esta Copa
pode ser marcada pelos
Zs de Zinedine Zidane
em sua despedida e é
bom não esquecer que, se
Thierry Henry não começa com R, não faltam erres em seu nome. E ainda
tem Raúl, o espanhol, e o
Ronaldo português...
blogdojuca@uol.com.br
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