Governador do Rio e ministro do Esporte anunciam que o governo federal irá arcar com candidatura

Presidente deve assinar no dia 23 medida provisória que libera verbas para cobrir "ações estratégicas" até a data da eleição do COI

LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Após almoço com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e o ministro Orlando Silva Júnior (Esporte) anunciaram que o governo federal arcará com a candidatura da cidade à Olimpíada de 2016.
Segundo Cabral, Lula irá ao Rio no Dia Olímpico Internacional, em 23 de junho, e lá assinará uma medida provisória no valor de R$ 80 milhões para cobrir as "ações estratégicas" até 2 de outubro de 2009, quando será feita a escolha da cidade-sede da Olimpíada de 2016.
Além do Rio, disputam a vaga Madri, Chicago e Tóquio. Cabral quer fazer um grande ato em prol da candidatura do Rio, reunindo políticos e atletas.
"O comitê olímpico nacional conduzirá estes recursos, e o governo brasileiro dará o suporte necessário. O presidente Lula está profundamente entusiasmado. E precisamos construir um dossiê [projeto] que tenha um enorme grau de sofisticação", afirmou Cabral.
O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, também estava presente no almoço.
Segundo Silva Júnior, parte dos R$ 80 milhões será gasta com o projeto da candidatura, outra parte, em ações promocionais de divulgação da cidade, e o restante, na elaboração de projetos que vão viabilizar a realização da Olimpíada.
"Lula se dispôs a ser o garoto-propaganda da candidatura Rio-2016. É importante porque o presidente tem prestígio internacional, sua presença é muito valorizada. As agendas que ele fará no exterior levarão em conta os interesses do Rio", falou o ministro.
No Pan, em julho de 2007, o orçamento foi oito vezes maior do que o previsto. A realização dos Jogos acabou criticada, principalmente devido à falta de iniciativa privada.
Cabral e Silva Júnior ainda apelaram ao presidente que vá à abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 8 de agosto. O governador do Rio chegou a dizer que Lula já havia confirmado presença. Mas o presidente ainda avalia a possibilidade.
Silva Júnior negou que a presença de Lula em Pequim pudesse ser questionada, já que alguns países organizam um boicote à abertura dos Jogos, em repúdio à atitude da China em relação ao Tibete.


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