São Paulo, sábado, 12 de junho de 2010

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África do Sul fica a 11 minutos da glória

Depois de abrirem placar e dançarem, anfitriões cedem empate ao México na partida de abertura da Copa-2010

África do Sul 1
Tshabalala, aos 10min do 2º tempo
México 1
R. Márquez, aos 34min do 2º tempo

Jorge Zapata/Efe
Tshabalala festeja após marcar o primeiro gol do Mundial

JOSÉ GERALDO COUTO
PAULA CESARINO COSTA
ENVIADOS ESPECIAIS A JOHANNESBURGO

Sem a presença de Nelson Mandela e sob o ensurdecedor som das vuvuzelas, os Bafana Bafana estiveram a 11 minutos da glória, diante de mais de 80 mil fãs. O jogo de abertura da primeira Copa do Mundo no continente africano acabou em empate de 1 a 1 entre os anfitriões e o México.
A primeira etapa foi dominada pelos mexicanos, que criaram chances de gol, sobretudo graças às estocadas de Giovani, enquanto os sul-africanos, nervosos, não conseguiam sair para o jogo.
Faltou eficácia aos mexicanos na conclusão dos lances, o que aborreceu o técnico Javier Aguirre, conforme declarou após o jogo: "Quando se joga com agressividade e o gol não sai, isso se paga".
Na segunda etapa, o time da casa passou a explorar bem os contra-ataques. Num deles, Dikgacoi lançou Tshabalala, que invadiu a área e chutou forte, cruzado, no ângulo. Golaço, que valeu ao atleta o título de "homem do jogo", conferido pela Fifa.
"Foi um presente, pois era minha 50ª apresentação pela seleção", falou Tshabalala, após o jogo. Os Bafana Bafana festejaram o gol com dancinha. A plateia foi ao delírio.
Mas, aos 34min, veio a ducha de água fria: num cruzamento da esquerda, a bola encontrou Rafa Márquez desmarcado dentro da área. O jogador do Barcelona tocou no contrapé do goleiro: 1 a 1.
Foi a vez de Carlos Alberto Parreira, técnico da África, lamentar: "É uma jogada que treinamos, mas nossos atletas marcaram a bola e deixaram dois mexicanos livres".
Para ele, o placar foi justo. "A maioria do nosso time não tem experiência internacional e sentiu a pressão."
No último minuto, a África do Sul ainda viu Mphela acertar a trave mexicana.
Parreira disse que não se sente frustrado por nunca ter vencido em Copa por outra seleção que não a brasileira. "Qualquer que seja o resultado com o Uruguai, decidiremos a vaga contra a França."


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