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Uruguaios
e franceses
largam mal
Tradicionais, seleções decepcionam
com jogo fraco e sem gols na estreia
Uruguai 0
França 0
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL À CIDADE DO CABO
As vuvuzelas sopraram como vaias no estádio Green
Point para Uruguai e França.
O único confronto da fase de
grupos envolvendo seleções
campeãs mundiais terminou
0 a 0 na Cidade do Cabo.
Foi esse o mesmo placar
que uruguaios e franceses tiveram em 2002, quando não
chegaram ao mata-mata. Por
não terem feito gols ontem,
os dois tradicionais times já
largaram atrás no Grupo A.
A França continua sem
perder no tempo normal em
Copas sob o comando do
contestado Raymond Domenech, que acumula quatro vitórias e quatro empates em
Mundiais. Só foi batido nos
pênaltis pela Itália, na última
final, na Alemanha-2006.
E o Uruguai continua sem
vencer uma partida de Copa
desde 21 de junho de 1990 (1 a
0 na Coreia do Sul, sob o comando de seu treinador
atual, Oscar Tabárez).
Vaiado por torcedores
franceses, Domenech começou com Diaby no meio-campo, deixando Malouda, que
fez excelente temporada no
Chelsea, na reserva.
Com sua formação esperada, o Uruguai jogou no erro
do adversário. Victorino
atuou na direita, tentando
anular o forte lado esquerdo
francês. Mas foi por ali que
Ribéry criou a primeira chance de gol ao cruzar para Govou, que quase marcou.
Só após três finalizações
francesas a gol, o Uruguai arriscou algo no ataque. Forlán
recebeu na esquerda, cortou
para o meio e obrigou Lloris a
espalmar. O jogo não dava
pinta de que seria tão ruim.
Henry entrou na segunda
etapa, após torcedores franceses pedirem por ele.
Os dois técnicos mexeram
nos times, mas Tabárez não
esperava que Lodeiro, uma
de suas escolhas, ficasse tão
pouco em campo: ele deu
uma entrada dura em Sagna,
levou o segundo cartão amarelo e acabou expulso.
O Uruguai tinha criado
uma chance de ouro com
Forlán, depois de um lateral
de Alvaro Pereira. O chute
passou à direita trave de Lloris. Depois disso, o time tratou de defender a igualdade
com unhas e dentes.
Até Loco Abreu, que entrou no final, acabou marcando no meio e ajudando a
defesa seu time nos minutos
finais. Um exemplo foi o lance em que cortou de cabeça
uma falta cobrada por Henry
na entrada da área, nos últimos segundos de jogo, quando a França pressionava.
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