São Paulo, sábado, 12 de junho de 2010 |
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JUCA KFOURI Sim, nós podemos
O CAOS. As duas horas e meia de previsão para fazer um trajeto de 33 quilômetros entre o hotel e o estádio ficaram para trás, com sobras. Foram três horas e 15 minutos, com saída às 10h45 para ver um jogo marcado para as 16h! A chegada ao estádio não foi melhor: o ônibus nos deixou a quilômetros da porta da tribuna da imprensa, sobre a qual, por sinal, nenhum voluntário sabia informar com exatidão. Sobraram simpatia, boa vontade e incompetência. Para terminar, o Soccer City, imponente e gigantesco como não se fazem mais estádios no mundo moderno, deixa o espectador muito longe do gramado. Tudo isso para dizer que cada vez mais fica claro que, se a Fifa deu à África do Sul o direito de organizar a 19ª Copa do Mundo, certamente nós, brasileiros, poderemos fazer a 20ª. E não exatamente pelas nossas qualidades, mas até mesmo pelos nossos defeitos, porque bagunça por bagunça, ora bolas, somos bons nisso. E tanto é verdade que, para quem nasceu aí e esteve aqui ontem, em Johannesburgo, soa ainda mais sem sentido a polêmica em torno do Morumbi, clássica situação do ruim com ele, pior sem ele. E o jogo? Bem, foi o que se esperava. Tecnicamente fraco e apitado por um árbitro do Uzbequistão, que até recebeu elogios do Felipão: "É jovem, apita em cima e esteve nos principais clássicos da temporada", disse. De fato, aos 32 anos, Irmatov apitou bem e invalidou, corretamente, um gol norte-americano. Os mexicanos ficavam com a bola como Parreira gosta, e os africanos deram o primeiro chute a gol só no 22º minuto, fruto de uma falta inexistente, e por cima, muito por cima do travessão. Mas, ao menos na defesa, os Bafana Bafana marcavam bem as tentativas mexicanas. O 0 a 0 do primeiro tempo exprimiu um futebol que beirou o miserável, bem ao contrário do golaço de Tshabalala, em um contra-ataque fulminante no recomeço do jogo. Com direito a dança, ao estilo santista. E, de fato, tinha bala lá. Mas os mexicanos não se comportaram como se esperava deles e, se não estragaram por completo a festa africana, ao menos a interromperam ao empatar numa jogada ocasional: 1 a 1. A escrita segue: anfitrião invicto em estreias em Copas. blogdojuca@uol.com.br Texto Anterior: Crítica TV: Copa em alta definição não elimina Galvão Próximo Texto: África sem a Copa Índice |
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