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DESPORTOS AQUÁTICOS
Dirigentes fazem lobby na Espanha para Rio abrigar evento em 2007; atletas treinam para o Pan
Fora d'água, Brasil tenta salvar Mundial
GUILHERME ROSEGUINI
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil chega ao 10º Mundial
de Desportos Aquáticos, em Barcelona (Espanha), com a maior
delegação de atletas da história,
mas a principal meta do país no
evento será defendida por um punhado de cartolas engravatados.
Hoje, um dia antes do início das
disputas que se estenderão até o
dia 27, será escolhida a cidade-sede do torneio de 2007. O Rio de Janeiro é uma das três candidatas,
ao lado de Melbourne, na Austrália, e Dubai/Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
Como o montante recorde de 84
competidores tem poucas chances de medalhas, o Brasil deposita
na eleição a chance de sair da Catalunha com algo para celebrar
-nunca o país abrigou o torneio.
"Temos um projeto competitivo. As chances são boas. Sabemos
da força de Melbourne, que tem
mais tradição, mas não estamos
atrás", disse Coaracy Nunes, presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.
Assim como no vitorioso pleito
contra São Paulo pelo direito de
representar o Brasil na disputa
pela Olimpíada de 2012, o principal sustentáculo do dossiê carioca
é o Pan-Americano de 2007.
O Mundial no Rio seria realizado no complexo aquático que será
erguido em Jacarepaguá. O conjunto de cinco piscinas está orçado em US$ 11 milhões.
Além de Nunes, defendem hoje
a postulação carioca o prefeito
Cesar Maia, o Ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, e o presidente
do Comitê Olímpico Brasileiro,
Carlos Arthur Nuzman.
Cada cidade candidata tem 30
minutos para apresentar seu projeto aos 21 membros do comitê da
Federação Internacional de Natação. O anúncio da vencedora
acontecerá às 8h (de Brasília).
O Rio já havia se candidatado
para acolher o Mundial de 2005,
mas perdeu para Montréal (Canadá). Em 1995, a cidade realizou
um evento de menor porte, o
Mundial de piscina curta (25 m).
Na ocasião, os dirigentes montaram arena na praia de Copacabana ao custo de US$ 1 milhão.
Dentro d'água, os brasileiros
querem utilizar o torneio como
aquecimento de luxo para o Pan
de Santo Domingo, em agosto.
Apesar de o evento espanhol ter
um nível técnico mais apurado, os
atletas preferiram treinar visando
o evento da República Dominicana, em busca de visibilidade. "No
Pan, podemos aparecer muito
mais", contou Nunes.
Amanhã começam os saltos ornamentais, maratonas aquáticas,
nado sincronizado e pólo aquático. A natação será no dia 20.
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