São Paulo, segunda-feira, 12 de julho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Rodada do fim de semana confirma que time que vive melhor momento deixa campo vitorioso na maioria das vezes

No Brasileiro-2004, clássico tem favorito


RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Clássico não tem favorito. Este chavão do futebol está sendo jogado no lixo no atual Brasileiro.
A rodada de anteontem confirmou amplamente que o rival que está melhor costuma mesmo levar vantagem nos clássicos. Foram seis tradicionais duelos estaduais no sábado, e em todos eles o time que entrou em campo com menos problemas saiu vitorioso.
Sem seis titulares, o São Paulo foi à Vila Belmiro pegar um Santos embalado por uma série de cinco vitórias. Fez de tudo para segurar o empate, mas sucumbiu nos acréscimos e perdeu (2 a 1).
No Rio, o Flamengo, na zona de rebaixamento e sem suas duas estrelas (Júlio César e Felipe, ambos na seleção), encarou o Vasco em franca ascensão após a chegada do sérvio Petkovic. O time de Eurico Miranda, na condição de visitante, fez 1 a 0, gol de Petkovic -ele igualou a marca de 44 gols de Aristizábal e já é o estrangeiro que fez mais gols em Brasileiros.
No Sul, o Inter, que tem ocupado as primeiras posições do Nacional, recebeu no Beira-Rio um desesperado Grêmio, que já teme, como em 2003, um possível rebaixamento. O time colorado venceu por 2 a 0 e, de quebra, anotou o milésimo gol do clássico.
Em Belo Horizonte, o Atlético-MG, como mandante, fez 2 a 0 no Cruzeiro, que havia perdido em casa por 3 a 0 diante do Coritiba no domingo anterior. Mesmo mais bem colocado na tabela, o time de Leão vive momento pior que o rival, com o próprio treinador expondo a limitação do time.
No clássico catarinense, o Figueirense despachou em Florianópolis o Criciúma por 2 a 0. A equipe da capital, além de jogar em casa, tem rendido bem mais que o oponente -é a vice-líder e está invicta há nove partidas.
Em Campinas, o Moisés Lucarelli assistiu a uma vitória até tranqüila da Ponte Preta sobre o Guarani, por 3 a 1 (três gols de Weldon). A equipe da casa já chegou até a liderar o Brasileiro e vê o rival lutar contra o rebaixamento.
Até agora, o Nacional deste ano teve 18 tradicionais clássicos regionais. Em 14 desses confrontos, o placar registrou a lógica -o time favorito venceu 12 vezes e houve dois empates esperados (em dois clássicos paranaenses).
Três clássicos do Nacional tiveram resultados até normais, mas geraram certa surpresa. No primeiro, o São Paulo, em alta, ficou no 1 a 1 com o Corinthians, em péssima fase, mas a arbitragem ajudou o time corintiano no Morumbi. No segundo, o Fluminense, melhor time do Rio, cedeu um empate em 3 a 3 para o Botafogo, que não tinha vencido ninguém, mas era mandante no Maracanã.
O outro clássico com algum grau de surpresa aconteceu em Curitiba, onde o Paraná fez 1 a 0 no Atlético-PR, mas o vitorioso teve o fator campo a seu favor.
Apenas um clássico do Brasileiro pode entrar na categoria de ""zebra". O Palmeiras foi à Vila Belmiro e fez 4 a 0 no Santos de Vanderlei Luxemburgo. O resultado surpreendeu pelo elástico placar e porque o Palmeiras estava ainda abalado pela eliminação na Copa do Brasil. No entanto o Santos, que não vivia boa fase no Nacional, jogou com um time misto devido à Taça Libertadores.
A decantada tendência de equilíbrio em clássicos é ainda mais derrubada no Nacional pelo pouco número de empates nesses duelos e também por goleadas.
Só 4 dos 18 tradicionais clássicos regionais terminaram empatados. O Palmeiras, além do Santos, fez 4 a 0 no Corinthians, mesmo placar do Vasco sobre o Botafogo.



Texto Anterior: Vôlei: Brasil bate Portugal e vai invicto à fase final
Próximo Texto: Saiba mais: Palmeiras lidera por ter batido seus três rivais
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.