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FUTEBOL
Rodada do fim de semana confirma que time que vive melhor momento deixa campo vitorioso na maioria das vezes
No Brasileiro-2004, clássico tem favorito
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
Clássico não tem favorito. Este
chavão do futebol está sendo jogado no lixo no atual Brasileiro.
A rodada de anteontem confirmou amplamente que o rival que
está melhor costuma mesmo levar vantagem nos clássicos. Foram seis tradicionais duelos estaduais no sábado, e em todos eles o
time que entrou em campo com
menos problemas saiu vitorioso.
Sem seis titulares, o São Paulo
foi à Vila Belmiro pegar um Santos embalado por uma série de
cinco vitórias. Fez de tudo para
segurar o empate, mas sucumbiu
nos acréscimos e perdeu (2 a 1).
No Rio, o Flamengo, na zona de
rebaixamento e sem suas duas estrelas (Júlio César e Felipe, ambos
na seleção), encarou o Vasco em
franca ascensão após a chegada
do sérvio Petkovic. O time de Eurico Miranda, na condição de visitante, fez 1 a 0, gol de Petkovic
-ele igualou a marca de 44 gols
de Aristizábal e já é o estrangeiro
que fez mais gols em Brasileiros.
No Sul, o Inter, que tem ocupado as primeiras posições do Nacional, recebeu no Beira-Rio um
desesperado Grêmio, que já teme,
como em 2003, um possível rebaixamento. O time colorado venceu
por 2 a 0 e, de quebra, anotou o
milésimo gol do clássico.
Em Belo Horizonte, o Atlético-MG, como mandante, fez 2 a 0 no
Cruzeiro, que havia perdido em
casa por 3 a 0 diante do Coritiba
no domingo anterior. Mesmo
mais bem colocado na tabela, o time de Leão vive momento pior
que o rival, com o próprio treinador expondo a limitação do time.
No clássico catarinense, o Figueirense despachou em Florianópolis o Criciúma por 2 a 0. A
equipe da capital, além de jogar
em casa, tem rendido bem mais
que o oponente -é a vice-líder e
está invicta há nove partidas.
Em Campinas, o Moisés Lucarelli assistiu a uma vitória até
tranqüila da Ponte Preta sobre o
Guarani, por 3 a 1 (três gols de
Weldon). A equipe da casa já chegou até a liderar o Brasileiro e vê o
rival lutar contra o rebaixamento.
Até agora, o Nacional deste ano
teve 18 tradicionais clássicos regionais. Em 14 desses confrontos,
o placar registrou a lógica -o time favorito venceu 12 vezes e
houve dois empates esperados
(em dois clássicos paranaenses).
Três clássicos do Nacional tiveram resultados até normais, mas
geraram certa surpresa. No primeiro, o São Paulo, em alta, ficou
no 1 a 1 com o Corinthians, em
péssima fase, mas a arbitragem
ajudou o time corintiano no Morumbi. No segundo, o Fluminense, melhor time do Rio, cedeu um
empate em 3 a 3 para o Botafogo,
que não tinha vencido ninguém,
mas era mandante no Maracanã.
O outro clássico com algum
grau de surpresa aconteceu em
Curitiba, onde o Paraná fez 1 a 0
no Atlético-PR, mas o vitorioso
teve o fator campo a seu favor.
Apenas um clássico do Brasileiro pode entrar na categoria de
""zebra". O Palmeiras foi à Vila
Belmiro e fez 4 a 0 no Santos de
Vanderlei Luxemburgo. O resultado surpreendeu pelo elástico
placar e porque o Palmeiras estava ainda abalado pela eliminação
na Copa do Brasil. No entanto o
Santos, que não vivia boa fase no
Nacional, jogou com um time
misto devido à Taça Libertadores.
A decantada tendência de equilíbrio em clássicos é ainda mais
derrubada no Nacional pelo pouco número de empates nesses
duelos e também por goleadas.
Só 4 dos 18 tradicionais clássicos
regionais terminaram empatados. O Palmeiras, além do Santos,
fez 4 a 0 no Corinthians, mesmo
placar do Vasco sobre o Botafogo.
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