São Paulo, sábado, 12 de julho de 2008

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Em ano tumultuado, clássico baixa sua tensão

Palmeirenses e são-paulinos evitam atritos às vésperas do jogo de amanhã, no Morumbi, em temporada recheada de polêmica

MÁRVIO DOS ANJOS
RENAN CACIOLI

DA REPORTAGEM LOCAL

Agressões, tribunal, gás de pimenta, bate-boca entre os dirigentes. 2008 foi o ano que reacendeu, dentro e fora de campo, o clássico entre São Paulo e Palmeiras. Amanhã, ambos os lados esperam ver apenas um bom jogo de futebol.
"O que passou, passou. O que houve extracampo não deve ser levado para esse jogo", disse o atacante palmeirense Kléber, pivô da primeira grande polêmica do Choque-Rei no ano.
No dia 16 de março, ele anotou um dos tentos nos 4 a 1 sobre o seu ex-clube, em Ribeirão Preto, pela fase de classificação do Paulista. Mas também deu uma cotovelada no zagueiro André Dias que lhe rendeu suspensão de três partidas.
Nas semifinais, os dois clubes se reencontraram. O futebol ficou em segundo plano com a guerra de bastidores pelos mandos de jogo -que contou até com a ajuda do governador de SP (e torcedor do Palmeiras), José Serra, para que o Parque Antarctica pudesse abrigar o segundo confronto após veto inicial da federação paulista.
No dia 20 de abril, além da vitória (2 a 0) e classificação palmeirenses à final do Estadual, o jogo também ficou marcado pelo gás tóxico lançado no vestiário são-paulino no intervalo.
"Aquilo [incidentes entre os clubes] foi algo pontual. É muito importante que nós, que estamos no comando do futebol, evitemos polêmicas", afirmou o gerente de futebol palmeirense, Toninho Cecílio, que trocou farpas com o superintendente de futebol do rival, Marco Aurélio Cunha, antes da partida do dia 20 de abril. O episódio do gás de pimenta no vestiário rendeu ao Palmeiras a perda de mando em dois jogos no Paulista 2009, além de multa de R$ 10 mil. O clube, que recorreu, ainda aguarda novo julgamento.
Nesta semana, os dois lados reduziram a tensão. O goleiro Marcos lamentou pelo episódio do gás, o que mereceu elogios do rival. Para Muricy Ramalho, "não haverá retaliação porque não é típico do São Paulo".


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