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Em litígio
Kleber ataca cartola do Palmeiras, diz que não joga por lesão , mas que cumprirá contrato até 2015, apesar do interesse do Flamengo
ADRIANO WILKSON
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC
Apelidado de Gladiador
pela força física que demonstra dentro de campo, Kleber
foi ao ataque fora dele. Seu
alvo: a diretoria do Palmeiras, clube que ele defende e
ao qual já fez juras de amor.
"Fico triste com torcedor
que acredita na diretoria do
Palmeiras. A gente sabe o
que é essa diretoria, o que ela
faz. É incrível como tem torcedor que consegue acreditar
em alguma coisa que algum
diretor do Palmeiras fala",
disse Kleber, ontem, à Band.
Seu principal alvo é o vice-
-presidente Roberto Frizzo,
acusado de não dar fim ao
desejo do Flamengo de contratá-lo. "Ele conversou comigo, pegou na minha mão,
comprometeu-se a resolver a
situação. Não tem palavra."
Kleber é pivô de uma polêmica que manchou sua imagem de ídolo alviverde. Com
16 gols na temporada e protagonista do último título do time, o Paulista-2008, hoje ele
é chamado de mercenário
por boa parte da torcida.
Não joga há três rodadas.
Justifica-se dizendo que sente dores na coxa esquerda.
Mas, para os médicos do Palmeiras, ele não tem lesão.
Além disso, o Flamengo
ofereceu 3 milhões (cerca
de R$ 7 milhões) por 50% dos
direitos de Kleber, 27. A outra
metade pertence ao Cruzeiro.
Oficialmente, o Palmeiras
rechaçou o negócio. Conselheiros e torcedores acreditam que o atacante, sentindo-se valorizado, faz corpo
mole para conseguir aumento salarial da diretoria.
"Nunca pedi aumento. Eu
tenho contrato [até 2015] e
vou cumpri-lo até o final",
afirmou, também ontem.
À Folha Giusepe Dioguardi, o agente do jogador, disse
que Kleber recebe R$ 210 mil
mensais. E tentou esvaziar a
polêmica. "Ficamos chateados porque ele sentiu dor, e
eles tentaram misturar com a
história do Flamengo."
Anteontem, nos 3 a 0 sobre
o Santos, Kleber não foi ao
Pacaembu, apesar de liberado pelos médicos e relacionado por Luiz Felipe Scolari.
Na véspera do jogo, o atleta participou de um treino recreativo. Depois, avisou que
sentia dores e, por conta própria, fez um exame de ressonância que atestou lesão.
Otávio Vilhena, do departamento médico palmeirense, questiona a eficácia do
exame. Diz que é normal que
ele detecte uma lesão curada.
Sobre as dores que o atacante diz sentir, Vilhena declarou: "O que sabemos é
que ele trabalhou normalmente durante a semana".
Kleber ressaltou que já jogou várias vezes sentindo dores, porém que agora só voltará a atuar quando se sentir
completamente curado.
"Contra o Ceará, senti uma
lesão aos 20 minutos de jogo
e fiquei em campo. Sei que
muitos não jogariam se estivessem na mesma situação."
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