São Paulo, terça-feira, 12 de julho de 2011

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Em litígio

Kleber ataca cartola do Palmeiras, diz que não joga por lesão , mas que cumprirá contrato até 2015, apesar do interesse do Flamengo

ADRIANO WILKSON
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC

Apelidado de Gladiador pela força física que demonstra dentro de campo, Kleber foi ao ataque fora dele. Seu alvo: a diretoria do Palmeiras, clube que ele defende e ao qual já fez juras de amor.
"Fico triste com torcedor que acredita na diretoria do Palmeiras. A gente sabe o que é essa diretoria, o que ela faz. É incrível como tem torcedor que consegue acreditar em alguma coisa que algum diretor do Palmeiras fala", disse Kleber, ontem, à Band.
Seu principal alvo é o vice- -presidente Roberto Frizzo, acusado de não dar fim ao desejo do Flamengo de contratá-lo. "Ele conversou comigo, pegou na minha mão, comprometeu-se a resolver a situação. Não tem palavra."
Kleber é pivô de uma polêmica que manchou sua imagem de ídolo alviverde. Com 16 gols na temporada e protagonista do último título do time, o Paulista-2008, hoje ele é chamado de mercenário por boa parte da torcida.
Não joga há três rodadas. Justifica-se dizendo que sente dores na coxa esquerda. Mas, para os médicos do Palmeiras, ele não tem lesão.
Além disso, o Flamengo ofereceu 3 milhões (cerca de R$ 7 milhões) por 50% dos direitos de Kleber, 27. A outra metade pertence ao Cruzeiro.
Oficialmente, o Palmeiras rechaçou o negócio. Conselheiros e torcedores acreditam que o atacante, sentindo-se valorizado, faz corpo mole para conseguir aumento salarial da diretoria.
"Nunca pedi aumento. Eu tenho contrato [até 2015] e vou cumpri-lo até o final", afirmou, também ontem.
À Folha Giusepe Dioguardi, o agente do jogador, disse que Kleber recebe R$ 210 mil mensais. E tentou esvaziar a polêmica. "Ficamos chateados porque ele sentiu dor, e eles tentaram misturar com a história do Flamengo."
Anteontem, nos 3 a 0 sobre o Santos, Kleber não foi ao Pacaembu, apesar de liberado pelos médicos e relacionado por Luiz Felipe Scolari.
Na véspera do jogo, o atleta participou de um treino recreativo. Depois, avisou que sentia dores e, por conta própria, fez um exame de ressonância que atestou lesão.
Otávio Vilhena, do departamento médico palmeirense, questiona a eficácia do exame. Diz que é normal que ele detecte uma lesão curada.
Sobre as dores que o atacante diz sentir, Vilhena declarou: "O que sabemos é que ele trabalhou normalmente durante a semana".
Kleber ressaltou que já jogou várias vezes sentindo dores, porém que agora só voltará a atuar quando se sentir completamente curado.
"Contra o Ceará, senti uma lesão aos 20 minutos de jogo e fiquei em campo. Sei que muitos não jogariam se estivessem na mesma situação."


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