Time viaja de trem, atua em campo ruim e vê ameaças

PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A QINHUANGDAO

A seleção brasileira masculina de futebol seguiu ontem com sua vida de ""gente comum", de reclamona na Olimpíada de Pequim e das ameaças de perder jogadores.
Primeiro, a equipe viajou de trem entre Shenyang e Qinhuangdao, local do jogo de amanhã contra a China, a seleção anfitriã da disputa.
Em um vagão privativo no trem que precisa de só duas horas para rodar os cerca de 400 km do percurso, os jogadores tiveram que vestir uniformes da Olympikus, a fornecedora de material do COB, no lugar dos da Nike, para obedecer ao regulamento da competição.
Na nova cidade, recebeu a notícia de que o Schalke 04 ameaça novamente tirar Rafinha do time, já que, segundo o clube, a CBF ainda não fez o seguro exigido para a liberação do atleta. A entidade nega saber de qualquer ameaça e insiste que faz seguros automaticamente para os atletas que convoca.
Já em sua nova sede, o time, com reservas e a comissão técnica, foi reconhecer o gramado do estádio. E novamente o diagnóstico foi ruim. Segundo o técnico Dunga, ele conseguiu arrancar tufos da grama apenas tocando no piso. Jogadores italianos já haviam reclamado.
O treinador voltou a fazer mistério sobre a escalação do time contra a China. Já classificado, Dunga pode poupar alguns titulares, principalmente aqueles que estão pendurados com amarelos, que podem ficar suspensos para as quartas-de-final em caso de nova advertência contra os anfitriões.
""Vou falar com os jogadores amanhã [hoje] e decidir quem vai atuar. Mas é uma boa chance de o time ganhar entrosamento", falou o técnico, repetindo discurso parecido ao que adotou após a vitória contra a Nova Zelândia, anteontem.
O time feminino joga hoje, às 6h, contra a Nigéria precisando de um empate para avançar às quartas-de-final sem depender de outros resultados.


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