Sob o comando de Scolari, Palmeiras não ganha há 6 jogos e se distancia de "prioridade"

Vitória 2
Ramon, aos 2min, e Neto Coruja, aos 43min do segundo tempo
Palmeiras 0

DE SÃO PAULO

O Palmeiras de Luiz Felipe Scolari não ganha há cinco partidas no Campeonato Brasileiro e, desde ontem, há uma na Copa Sul-Americana.
Nem o histórico de sucesso do clube com seu treinador em torneios internacionais foi suficiente em Salvador.
Diante do Vitória, a equipe mostrou-se inerte. Tecnicamente muito mal, perdeu por 2 a 0 e viu sua prioridade no semestre ficar mais distante.
Na quinta-feira que vem, dia 19, terá de devolver o placar no Pacaembu para decidir a vaga à próxima fase nos pênaltis. Se sofrer um gol, precisará marcar quatro.
"Em se tratando da força do Palmeiras, é uma vantagem muito curta. O Vitória terá de jogar muito futebol em São Paulo para passar de fase", disse, em tom humilde, o técnico Toninho Cecílio, ex- -dirigente palmeirense, que estreou no clube baiano.
Os números em 2010 mostram que as palavras de Cecílio não fazem muito sentido e que a missão do time paulista será das mais complicadas. Em 41 partidas na temporada, o Palmeiras só venceu quatro por dois gols de diferença. A última foi contra o Grêmio (4 a 2), no dia 22 de maio. Resultado, porém, que o eliminaria contra o Vitória, já que os baianos avançariam pelo número de tentos anotados fora de casa. A competição sul-americana é vista por Scolari e pela diretoria como grande oportunidade de projeção no ano.
Instável no Nacional, onde ocupa a modesta 13ª posição, com 16 pontos, o clube quer aproveitar o atalho mais curto à próxima Libertadores.
Ontem, esse planejamento começou a ruir aos 2min do segundo tempo, quando Ramon cobrou falta com perfeição no ângulo de Deola. Aliás, novamente os palmeirenses abusaram das faltas cometidas na entrada da grande área. Foi assim que sofreram o gol de empate do Goiás nos minutos finais da última rodada no Brasileiro.
O segundo tento do vice- -campeão da Copa do Brasil surgiu de um escanteio. Na disputa pelo alto, Neto Coruja dividiu com Max, e a bola entrou no gol dos visitantes.
Para se ter uma ideia da má fase do Palmeiras sob o comando de Scolari, o último treinador que acumulara seis jogos sem vencer fora Paulo Bonamigo, em 2005.
Em 2006, a maior seca recente do clube (oito partidas sem somar três pontos) ocorreu com dois nomes diferentes: Emerson Leão (três jogos) e Marcelo Vilar (cinco).



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