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Careca nega trama e se diz surpreso
DA REPORTAGEM LOCAL
Além de Maradona, o Napoli
contava em seu elenco mais famoso com os brasileiros Careca e
Alemão. O ex-atacante, que virou
dirigente, era grande amigo do argentino e negou, à Folha, saber da
existência de um esquema para
burlar o exame antidoping.
"Nunca desconfiei de nada.
Convivi quatro anos com o Maradona e não percebi nada. Não dava para ter esse esquema, pois no
antidoping tinha muita gente. Era
geralmente em um salão. Na Itália, o Napoli é odiado. Tem aquela
coisa do Norte contra o Sul."
Careca deve viajar a Nápoles
nos próximos dias para um evento e disse que pretende ""tirar a
limpo" o que disse o ex-presidente do Napoli Corrado Ferlaino.
"É lamentável. Tudo isso ser dito pelo presidente que foi responsável pela contratação do Maradona. Não estou acreditando. E
ele falou de uma forma geral, não
só do Maradona. Isso é caso de
polícia", disse o ex-são-paulino.
A Folha tentou sem sucesso localizar Alemão, hoje empresário.
Careca falou do suposto esquema para dar o título de 1990 ao
Napoli e do caso da moeda que
atingiu Alemão -falou-se à época que ele teria tido traumatismo
craniano e perda de memória.
"Ganhamos o título vencendo o
Bologna por 4 a 2 fora de casa. Fiz
o primeiro gol. Não sei o que deu
na cabeça dele [Ferlaino] para falar tanta coisa. O Alemão foi, sim,
atingido. A TV mostrou. Mas ele
não teve perda de memória."
Na Copa de 1990, a Argentina de
Maradona eliminou o Brasil de
Careca e Alemão.
(RBU)
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