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São Paulo, sexta-feira, 12 de setembro de 2003

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Careca nega trama e se diz surpreso

DA REPORTAGEM LOCAL

Além de Maradona, o Napoli contava em seu elenco mais famoso com os brasileiros Careca e Alemão. O ex-atacante, que virou dirigente, era grande amigo do argentino e negou, à Folha, saber da existência de um esquema para burlar o exame antidoping.
"Nunca desconfiei de nada. Convivi quatro anos com o Maradona e não percebi nada. Não dava para ter esse esquema, pois no antidoping tinha muita gente. Era geralmente em um salão. Na Itália, o Napoli é odiado. Tem aquela coisa do Norte contra o Sul."
Careca deve viajar a Nápoles nos próximos dias para um evento e disse que pretende ""tirar a limpo" o que disse o ex-presidente do Napoli Corrado Ferlaino.
"É lamentável. Tudo isso ser dito pelo presidente que foi responsável pela contratação do Maradona. Não estou acreditando. E ele falou de uma forma geral, não só do Maradona. Isso é caso de polícia", disse o ex-são-paulino.
A Folha tentou sem sucesso localizar Alemão, hoje empresário.
Careca falou do suposto esquema para dar o título de 1990 ao Napoli e do caso da moeda que atingiu Alemão -falou-se à época que ele teria tido traumatismo craniano e perda de memória.
"Ganhamos o título vencendo o Bologna por 4 a 2 fora de casa. Fiz o primeiro gol. Não sei o que deu na cabeça dele [Ferlaino] para falar tanta coisa. O Alemão foi, sim, atingido. A TV mostrou. Mas ele não teve perda de memória."
Na Copa de 1990, a Argentina de Maradona eliminou o Brasil de Careca e Alemão. (RBU)


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