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Só futebol estatizado resolve, diz Evo Morales
Presidente da Bolívia critica time nas eliminatórias
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Bolívia, Evo
Morales, quer levar ao extremo
a presença do governo no futebol do seu país.
Descontente com o desempenho da seleção boliviana, que
recebe o Brasil no próximo
mês, nas eliminatórias sul-americanas (está na penúltima
posição e já sem chance de garantir uma vaga na Copa do
Mundo da África do Sul), o político disse ser a favor da estatização da modalidade.
"O futebol tem um caráter
privado, mas tem que ser estatizado para ter uma representação digna", disse Morales na
cidade de Cochabamba.
"Lamentamos o desempenho da nossa seleção nas eliminatórias. O futebol até agora foi
dirigido por personalidades esportivas, mas não dá resultados", completou o presidente.
Morales, porém, reconhece a
dificuldade na intervenção, que
pode fazer até com que a Fifa
exclua o futebol boliviano das
competições internacionais.
Não é de hoje que o político
boliviano coloca o futebol como
assunto de Estado.
Além de ser o principal opositor à tentativa da Fifa de proibir jogos internacionais na altitude, Morales já abriu os cofres
públicos para o futebol.
Primeiro, comprou os direitos de televisão dos jogos do
país pelas eliminatórias para
uma emissora estatal. Isso, segundo ele, para permitir que a
população rural e os indígenas
espalhados pelo país pudessem
ver a seleção nacional.
Com o apoio do presidente, a
Federação Boliviana de Futebol escapou de perder sua sede
principal, em Cochabamba.
Segundo a Receita Federal
boliviana, a FBF devia cerca de
US$ 3 milhões em impostos
não pagos desde 1994. O órgão
governamental queria leiloar a
sede da entidade esportiva para
pagar a dívida. Mas, com o
apoio de Morales, os cartolas
renegociaram a dívida, que caiu
para US$ 2 milhões e foi dividida em suaves parcelas, e seguem com o prédio.
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