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Concentrado
Na contramão dos líderes e dos mais goleadores
do torneio, São Paulo , que busca no Rio a 4ª vitória
seguida, é dependente dos homens de ataque
JOSÉ RICARDO LEITE
DE SÃO PAULO
Em busca da quarta vitória consecutiva e da proximidade com o G4, o São
Paulo se fia mais uma vez no
seu poderio ofensivo. Nos
últimos três triunfos, o ataque foi responsável por nada menos do que 5 dos 7 gols
anotados nesses jogos.
Durante todo o Campeonato Brasileiro, os homens
de frente fizeram 18 dos 27
gols do time, 66,6%. Até os
já dispensados Washington
e Marcelinho Paraíba contribuíram -três gols juntos.
Fluminense e Corinthians, os dois primeiros colocados da tabela e times
com melhor ataque no torneio, têm uma dependência
menor de seus avantes. Na
equipe das Laranjeiras, o
ataque marcou 57% dos tentos. No time paulista, só 37%
do total foi de atacantes.
Hoje, ante o Botafogo, às
16h, no Engenhão, Fernandão, com sete gols, e Marcelinho, com um, devem ter a
companhia de Dagoberto,
autor de quatro na competição, no ataque são-paulino.
Outra opção é Marlos, que
balançou a rede uma vez.
"Acho que o time rende
mais com um jogador de referência e dois outros saindo
mais pelas beiradas", disse
o treinador Sérgio Baresi.
Em sua era, o técnico deixou de lado a formação no 3-5-2 e só a usou poucas vezes,
durante a segunda etapa de
alguns jogos. Deu chance a
Marcelinho, terceiro atacante e que abre espaços.
"O Marcelinho está muito
bem, com juventude, rápido, deu velocidade na saída
defesa-ataque. Estou me
identificando com ele, está
sendo bom para mim e já vi
como ele gosta de jogar", falou o atacante Fernandão.
Mas um dos segredos para o ataque funcionar é a paciência. De acordo com números do Datafolha, o time
do Morumbi é o que mais
troca passes no Brasileiro.
Assim, o lançamento para
ataque é dado com calma.
O segundo contra o Flamengo, na quarta-feira, saiu
de uma troca de passes curtos. Após ver o companheiro
livre, Jorge Wagner cruzou
na cabeça de Fernandão.
"Crescemos mais na compactação. O meio tem se
aproximado bastante, os laterais chegam bem. Precisamos de muita aproximação,
não só com os dois atacantes rápidos, mas com meias
que chegam por trás", resumiu Fernandão, sobre o esquema tático utilizado pelo
time de Sérgio Baresi.
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