São Paulo, domingo, 12 de setembro de 2010

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Concentrado

Na contramão dos líderes e dos mais goleadores do torneio, São Paulo , que busca no Rio a 4ª vitória seguida, é dependente dos homens de ataque

JOSÉ RICARDO LEITE
DE SÃO PAULO

Em busca da quarta vitória consecutiva e da proximidade com o G4, o São Paulo se fia mais uma vez no seu poderio ofensivo. Nos últimos três triunfos, o ataque foi responsável por nada menos do que 5 dos 7 gols anotados nesses jogos.
Durante todo o Campeonato Brasileiro, os homens de frente fizeram 18 dos 27 gols do time, 66,6%. Até os já dispensados Washington e Marcelinho Paraíba contribuíram -três gols juntos.
Fluminense e Corinthians, os dois primeiros colocados da tabela e times com melhor ataque no torneio, têm uma dependência menor de seus avantes. Na equipe das Laranjeiras, o ataque marcou 57% dos tentos. No time paulista, só 37% do total foi de atacantes.
Hoje, ante o Botafogo, às 16h, no Engenhão, Fernandão, com sete gols, e Marcelinho, com um, devem ter a companhia de Dagoberto, autor de quatro na competição, no ataque são-paulino. Outra opção é Marlos, que balançou a rede uma vez.
"Acho que o time rende mais com um jogador de referência e dois outros saindo mais pelas beiradas", disse o treinador Sérgio Baresi.
Em sua era, o técnico deixou de lado a formação no 3-5-2 e só a usou poucas vezes, durante a segunda etapa de alguns jogos. Deu chance a Marcelinho, terceiro atacante e que abre espaços.
"O Marcelinho está muito bem, com juventude, rápido, deu velocidade na saída defesa-ataque. Estou me identificando com ele, está sendo bom para mim e já vi como ele gosta de jogar", falou o atacante Fernandão.
Mas um dos segredos para o ataque funcionar é a paciência. De acordo com números do Datafolha, o time do Morumbi é o que mais troca passes no Brasileiro. Assim, o lançamento para ataque é dado com calma.
O segundo contra o Flamengo, na quarta-feira, saiu de uma troca de passes curtos. Após ver o companheiro livre, Jorge Wagner cruzou na cabeça de Fernandão.
"Crescemos mais na compactação. O meio tem se aproximado bastante, os laterais chegam bem. Precisamos de muita aproximação, não só com os dois atacantes rápidos, mas com meias que chegam por trás", resumiu Fernandão, sobre o esquema tático utilizado pelo time de Sérgio Baresi.


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