Novato Kevin Durant faz 38 pontos, recorde de sua seleção, e põe EUA na final do Mundial da Turquia

DE SÃO PAULO

Ele só tem 21 anos, mas, pelo menos em termos de performance individual, já fez mais pela seleção norte- americana de basquete do que monstros sagrados do seu país na modalidade.
Com 38 pontos do ala Kevin Durant, recorde da sua seleção na história do torneio, os EUA venceram a Lituânia, por 89 a 74, e passaram à final do Mundial da Turquia. O último obstáculo, hoje, para os americanos ganharem o título que não vencem desde 1994 é a anfitriã Turquia, que também ontem eliminou os sérvios.
Para voltar a ter a hegemonia do basquete -o país é o atual campeão olímpico-, os EUA montaram uma equipe sem as principais estrelas da NBA -LeBron James e Kobe Bryant pediram dispensa.
Até agora, não fizeram falta. Durant, cestinha da última temporada da liga americana pelo Oklahoma, tem uma média de 22,1 pontos por jogo no Mundial, marca sem precedentes na trajetória da seleção americana.
No histórico e único Dream Team, o que encantou o mundo nos Jogos de Barcelona, Michael Jordan registrou média de 14,9 pontos.
Na Olimpíada de Pequim, em 2008, o badalado LeBron James terminou o torneio com 15,5 pontos por partida. "Kevin voltou a ser incrível. Estava inspirado e por isso o procuramos mais do que em outros dias. Todas as bolas passaram por ele", disse o técnico Mike Krzyzewski, que conseguiu introduzir uma filosofia de defesa para os astros do seu país.
Além do que fez na quadra, Durant emocionou ontem os americanos por lembrar o aniversário dos atentados que destruíram o World Trade Center, em Nova York, há nove anos. Ele calçou tênis estampados com a data da tragédia, num clima de comoção geral da sua equipe -os jogadores ouviram o hino com a mão no coração.
"Nos lembramos das 3.000 pessoas que morreram. Em mesmo conheci gente que desapareceu nessa tragédia. É uma data triste sempre, ainda que possamos viver uma alegria esportiva [a vaga na final] como essa", disse Krzyzewski.