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Craque rival tem nome de Falcão e jeito de Kaká
Sensação do River Plate e da Colômbia, Falcao sonha encontrar o ex-volante
Carrasco do Botafogo e do Boca Juniors, atacante é um dos "Loucos por Jesus" na Argentina e a esperança colombiana contra o Brasil
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
Não sabe quem é Falcao? Então você não torce pelo Botafogo nem pelo Boca Juniors. Às
vésperas de defender a Colômbia contra o Brasil, o atacante
de 21 anos, que desde os 15 está
no River Plate, falou com a Folha sobre seu nome, homenagem ao ex-volante da seleção
brasileira, e sobre Kaká, a quem
admira pelo futebol e pela fé -é
atleta de Cristo e um dos ""Loucos por Jesus" na Argentina.
FOLHA - Seu nome é mesmo uma
homenagem ao Falcão?
FALCAO - Claro, meu pai via
muito ele e, quando nasci, colocou o nome. Foi pela seleção.
Meu pai sempre foi admirador
do futebol brasileiro e, como
gostava do Falcão, quis assim.
FOLHA - Em português, Falcão tem
um acento. Seu nome não tem...
FALCAO - Sei desse acentinho.
Mas meu nome é só Falcao.
FOLHA - Sabe que Falcão é comentarista de TV? Queria conhecê-lo?
FALCAO - Sim, me encantaria
conhecê-lo. Se tivermos um encontro, podemos trocar idéias.
Seria uma honra para mim.
FOLHA - Domingo, você fará seu
principal jogo pela seleção, certo?
FALCAO - Já joguei alguns amistosos, e esse é o primeiro jogo
oficial. É o mais importante pela responsabilidade e pelo que
significa jogar contra o Brasil.
FOLHA - Sonha com gol no Brasil?
FALCAO - Sim, sonho. Deus
queira que eu tenha a chance.
FOLHA - Um empate contra o Brasil
já estará de bom tamanho?
FALCAO - Temos a responsabilidade de ganhar por estarmos
em casa. Respeitamos o Brasil,
mas temos nosso objetivo.
FOLHA - [O zagueiro] Córdoba deixou a seleção, há críticas ao técnico
[Jorge Luis Pinto]. Existe uma crise?
FALCAO - São situações que se
apresentaram, infelizmente.
Mas é um time unido, com qualidade humana muito grande.
Em todos os elencos há problemas. É algo normal, se supera.
FOLHA - Há pressão porque a Colômbia não foi às últimas Copas?
FALCAO - Sim, as pessoas estão
ansiosas e esperançosas ao
mesmo tempo. Nós, jogadores,
somos os que mais querem a
vaga. É ficar tranqüilo e fazer
uma boa partida com o Brasil.
FOLHA - Qual jogador da seleção
brasileira você admira mais?
FALCAO - Ronaldinho é um
grande jogador, mas admiro o
Kaká não só como jogador de
futebol, mas também como
pessoa. Conheço seus comentários. É uma grande pessoa.
FOLHA - Ele é o melhor de 2007?
FALCAO - Foi o melhor do mundo. O que ganhou com o Milan
foi muito importante. Mostrou
estar em grande nível e me alegro por ele ser grande pessoa.
FOLHA - Você venceu o Sul-Americano sub-20 de 2005. O que esperar
dessa nova geração colombiana?
FALCAO - É uma nova etapa.
São jogadores que, em sua
maioria, estão jogando no exterior, com bom nível de futebol.
Teremos que nos adaptar aos
torneios da seleção principal.
FOLHA - Você, em especial, vive um
momento mágico no River Plate...
FALCAO - Sim, no domingo jogamos o clássico com o Boca
Juniors e pude anotar um gol.
Estou contente pelo momento
e espero mantê-lo na seleção.
FOLHA - Qual gol foi mais emocionante, o contra o Boca ou o último
contra o Botafogo naqueles 4 a 2?
FALCAO - Contra o Botafogo
[pela Copa Sul-Americana].
Naquele momento, não sabia se
estávamos nos classificando ou
se íamos para os pênaltis. Sabia
que tínhamos que fazer mais
gols, foi muito emocionante.
Quando celebrei, não sabia se
estava classificado. Não pude
desfrutar por isso. Pensei que
tinha que fazer outro gol mais.
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