São Paulo, segunda-feira, 12 de outubro de 2009

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Prancheta do PVC

PAULO VINICIUS COELHO - pvc@uol.com.br

Os reservas fundamentais

AOS 19MIN , Diego Souza roubou a bola no meio-campo e iniciou o ataque mais perigoso da seleção no primeiro tempo. Foi ele também quem concluiu a jogada, recebendo de Nilmar. Chutou longe. A impressão de muita gente é que, por lances como esse, Diego Souza não aprovou em La Paz.
Sinceramente? Com base na partida de ontem, é impossível dizer se Diego Souza pode ser o reserva de Kaká, função vaga, razão pela qual o meia do Palmeiras foi testado. Seus concorrentes são Ronaldinho Gaúcho, Diego, da Juventus -abandonado por Dunga após o empate contra a Bolívia no primeiro turno- e Júlio Baptista. Se este último tem lugar no grupo dos 23 que vão à África do Sul, não pode ser o único reserva de Kaká.
Mas foi ele, Júlio Baptista, ausente em La Paz por lesão, quem mais ganhou ontem. Não importa sua ausência nem a de sete titulares de Dunga -Lúcio, Juan, Gilberto Silva, Felipe Melo, Kaká, Robinho e Luis Fabiano. Importa que Diego Souza não conseguiu responder "sim" à pergunta: "Você é o cara?". E restam só mais quatro partidas até o Mundial para ter nova chance de dizer que é.
Diego Souza só teve uma coisa a favor: a atuação de Ramires. Se você pensa que uma coisa não tem nada a ver com a outra, vale entender a montagem do grupo. Daniel Alves era só o reserva de Maicon. Desde o jogo contra o Chile, em Salvador, virou também o titular do meio-campo, pelo lado direito, no 4-2-3-1 de Dunga. Se Daniel pode ser as duas coisas, abre-se uma convocação de meio-campista.
Há um ano, após empate com a Colômbia, no Maracanã, Dunga ouviu seus atletas decretarem que o segundo volante precisava fazer a ligação mais rápido do que fazia Josué. Na partida seguinte, contra Portugal, o eleito foi Ânderson. Contra a Itália, em fevereiro, Felipe Melo ganhou a posição para não perder mais. Josué virou o suplente de Gilberto Silva. O reserva de Felipe Melo ainda não está claro.
Dunga escalou Ramires na função ontem. Mas Ramires errou desde o primeiro passe, e um desses passes resultou na falta cobrada por Marcelo Moreno, no segundo gol boliviano. Acertou, porém, o contra-ataque do gol de Nilmar. Resumindo: faltam os reservas de Felipe Melo e Kaká.



SEM APOIO
J. Hawilla desmente que tenha apoiado o diretor global Marcelo de Campos Pinto no seminário da MaxiMídia. Pela assessoria, o presidente da Traffic se diz contra a volta dos mata-matas e a favor da adequação do calendário do país ao da Uefa. Isto é, não apoia (e não apoiou) a tese de Campos Pinto.



PERDIDO
A Argentina jogou, de novo, sem padrão. Maradona testou Di Maria pela esquerda, Aimar pelo centro, e ninguém pela direita, dado o deslocamento de Messi. Porque está perdido, e só venceu com gol impedido. Se perder do Uruguai e o Equador vencer o Chile, a Argentina fica em sexto, fora da Copa.



A MUDANÇA
Oscar Tabares mudou a seleção do Uruguai para vencer em Quito. Utilizou três zagueiros (Scott, Lugano e Martin Cáceres), dois laterais defensivos e a velocidade da dupla Luis Suarez e Forlán no ataque. A velocidade foi responsável pelo pênalti em Cavani, no último minuto da partida, que deu aos uruguaios a chance de se classificar em quarto lugar nas eliminatórias sul-americanas da Copa com uma vitória simples sobre a Argentina de Maradona.


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