São Paulo, segunda-feira, 12 de novembro de 2001

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São Paulo dispensa Carlos Miguel até dos treinos, mas paga salários

DA REPORTAGEM LOCAL

Chamado de "laranja podre" por Nelsinho Baptista, afastado do time e agora até sem treinar, Carlos Miguel vai receber R$ 100 mil mensais até o final do ano, quando termina o seu contrato.
Sem chances de ser reintegrado, o meia está dispensado até de treinar sozinho e manter a forma. Mas, como o compromisso não foi anulado, os dirigentes não podem suspender o pagamento.
"Não compensa rescindir porque o contrato dele já está no fim. Além disso, quem rescinde tem de pagar multa", afirmou o presidente são-paulino, Paulo Amaral. O dirigente declarou ter dispensado Miguel até dos treinamentos porque o jogador estava sendo negociado com um clube dos Emirados Árabes, que não teve o seu nome divulgado.
Segundo o diretor de futebol José Dias e o procurador do atleta, Jorge Machado, a negociação não vingou. "Não sabia que a transferência dele não tinha dado certo. Mesmo assim, não vejo porque obrigá-lo a treinar", disse Amaral.
Para o São Paulo, pouco importa o que irá acontecer com o jogador após 31 de dezembro. Com o fim do contrato, ele estará livre para negociar sua transferência.
Se hoje a diretoria não se incomoda em pagar os salários ao atleta "inativo", os vencimentos do jogador já causaram polêmica.
Ele recebia R$ 150 mil mensais, mas aceitou uma renegociação com os dirigentes e passou a receber R$ 50 mil a menos.
Miguel foi afastado no dia 12 de outubro. Gustavo Nery e Rogério Pinheiro também foram barrados. Há duas semanas, Pinheiro e Nery foram reintegrados, mas Miguel foi dispensado dos treinos. Segundo Machado, o meia está se exercitando. "Acho que ele está mais magro", disse.
Um dos motivos alegados para o seu afastamento foi fato de que ele estaria engordando.



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