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Candinho, que fez 6 no rival, critica escalação
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
Técnico da seleção no jogo de
ida contra a Venezuela nas eliminatórias, quando o Brasil goleou
por 6 a 0, Candinho acha que Scolari não adotou a estratégia certa.
Sem tempo para treinar, diz que
o mais apropriado seria ter chamado a base de um ou dois times
brasileiros, como ele próprio fez
na partida de Maracaibo. Na ocasião, quando dirigiu a seleção interinamente no lugar de Wanderley Luxemburgo, Candinho usou
como base os times de Vasco e
Cruzeiro, que, diz ele, eram dois
melhores do país no momento.
Apesar de se dizer convicto de
nova vitória do Brasil contra a Venezuela e da consequente classificação, Candinho diz que Scolari
""correu riscos desnecessários".
""Ele deveria ter feito como eu.
Quando assumi o compromisso
de dirigir a seleção em Maracaibo,
resolvi me precaver e fazer o óbvio. Apostei nos jogadores do
Vasco, que estavam entrosados e
não tiveram dificuldades para
vencer", disse ele, lembrando que
todos os gols foram de vascaínos
-Romário fez quatro, Euller e
Juninho, um cada um.
""Não é à toa que quando o Romário veio jogar no Canindé
[contra a Lusa, no Brasileiro" foi
até o nosso banco e me abraçou."
Para Candinho, aquele time teria vencido não apenas a Venezuela, mas ""Paraguai, Equador e
Colômbia", os dois primeiros já
classificados para a Copa-2002.
Além de lamentar a falta de um
time-base, o técnico da Lusa diz
que a estratégia para o jogo de La
Paz, onde o Brasil perdeu por 3 a 1
e desperdiçou a chance de garantir a vaga, não foi adequada.
""Valorizaram em excesso a
questão da altitude. A maioria dos
jogadores de futebol é sugestionável. Quanto mais se fala em altitude, pior fica a cabeça deles", opinou. ""O único que não deu bola
para a coisa foi o Edílson. Enquanto os outros pareciam ter
medo de dar algum pique maior,
o Edílson, não. Ele correu como
um menino e não passou mal, um
sinal de que seus companheiros
talvez pudessem correr mais."
Apesar de evitar críticas diretas
a Leão e a Scolari, Candinho gosta
de lembrar que, com ele e o atual
treinador do Corinthians, a seleção terminou o primeiro turno
em segundo lugar, com 17 pontos.
""Se o Brasil tivesse conquistado
os mesmos 17 pontos no segundo
turno, terminaria com 34 e só ficaria atrás da Argentina."
Para ele, a CBF está arrependida
de ter substituído a antiga comissão técnica após os Jogos. ""Se tivéssemos prosseguido, o Brasil já
estaria classificado. Poderíamos
estar com 31 pontos, um a mais do
que Paraguai e Equador."
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