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VÔLEI
Mais um desafio
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Chegou a hora e a vez da Copa dos Campeões. A maior
ausência é Cuba: quem diria, as
atuais tricampeãs olímpicas não
conseguiram se classificar. Então,
façam suas apostas. Das seis seleções inscritas no torneio, que começa amanhã, no Japão, quatro
são favoritas: Brasil, China, EUA
e Rússia.
Os azarões são os times do Japão e da Coréia do Sul.
Se bem que as japonesas, as primeiras adversárias das brasileiras
na competição, têm dado trabalho. No Grand Prix, em agosto,
chegaram a vencer Brasil, Cuba e
China. Na classificação geral, ficaram em sexto lugar.
A sensação da seleção japonesa
é a levantadora Yoshie Takeshita,
de apenas 1,59 m, uma autêntica
baixinha em um esporte cada vez
mais dominado por gigantes.
"Ela é mínima, mas muito habilidosa. É um espetáculo em
quadra", diz o técnico da seleção
brasileira, Marco Aurélio Motta.
Das quatro favoritas, a novidade é a equipe norte-americana. O
time já pode considerar o ano como o melhor dos últimos tempos:
foi campeão do Grand Prix e ainda venceu Cuba na final do Campeonato das Américas do Norte e
Central, que valia vaga para a
Copa dos Campeões.
Mas, afinal, qual o segredo dos
EUA? O time joga muito pelo
meio e, nessa posição, tem uma
atacante que dá show de bola:
Danielle Scott. Outros destaques
são a líbero Stacy Sykora e a levantadora Robyn Ah Mow, que,
se não é brilhante, pelo menos joga com muita regularidade.
Já a Rússia tem sofrido com as
contusões de suas principais jogadoras, como Evgenia Artamonova. Neste ano, sua maior conquista foi o título europeu. No Grand
Prix, acabou em terceiro lugar. O
time, o mais alto do torneio, tem
como armas tradicionais a eficiência do bloqueio e a força de
suas atacantes.
A China vive tempos de mudanças. Depois do quinto lugar
nos Jogos de Sydney, só quatro jogadoras permaneceram na equipe. A ordem foi renovação: o time
ganhou atletas mais jovens e altas, com média de 22 anos e 1,85
m. As alterações já deram resultado: no Grand Prix, as chinesas foram vice-campeãs.
Para o Brasil, a Copa dos Campeões tem significado especial: é a
chance de a seleção, agora comandada por Marco Aurélio
Motta, conquistar seu primeiro
grande resultado. A maior ausência é Fofão, que, recuperando-se
de contusão, nem viajou para o
Japão. Sem ela, as opções são Gisele e Fabiana Berto.
A seleção vai colocar em prática
a primeira novidade da era Motta: o deslocamento de Érika para
a posição de oposto. Raquel entrará na ponta de rede, na diagonal de Virna. A vantagem é que
Érika participará da recepção em
cinco posições e vai liberar Virna
e Raquel para o ataque de fundo.
Essas alterações, que já foram
testadas nos amistosos contra Cuba, trouxeram mais rapidez e variação no ataque. Um bom resultado no torneio pode significar
um estímulo para as jogadoras,
que passaram os últimos meses
com resistências para aceitar a
saída de Bernardinho e a entrada
do novo técnico.
Já no Paulista, a luta continua:
Palmeiras e Santo André decidem
amanhã uma vaga para a final
no último jogo da série. O vencedor vai decidir o título com o Banespa, que pediu para Bernardinho dispensar Escadinha da Copa dos Campeões e foi atendido.
Italiano 1
A levantadora Kátia, reserva de Fofão na seleção brasileira que disputou a Olimpíada de Sydney-2000, está defendendo o Reggio
Emilia no Campeonato Italiano. A equipe também conta com a
brasileira naturalizada italiana Ana Paula De Tassis. Em três rodadas no torneio, o Reggio Emilia coleciona três derrotas e ocupa a
nona colocação. O campeonato tem três times invictos: Bergamo,
da norte-americana Tara Cross Battle, Reggio Calabria, da croata
Natasa Leto, e Modena, da técnica Lang Ping.
Italiano 2
A cubana Taismaris Aguero também está jogando na Itália. Ela é
uma das principais estrelas do Perugia, que ocupa a sétima colocação no Campeonato Italiano, com uma vitória em três partidas.
Aguero abandonou a seleção de Cuba durante a Copa BCV, disputada em junho, na Suíça. Ela fez parte da equipe titular cubana que
conquistou o tricampeonato olímpico nos Jogos de Sydney.
E-mail: cidasan@uol.com.br
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