DA REPORTAGEM LOCAL

A diretoria da Lusa apresentou ontem, a duas rodadas do fim da fase de classificação do Brasileiro, o quarto técnico da equipe nesta temporada, Gilson Nunes.
A contratação do técnico, que já treinou o Atlético-PR neste Nacional, foi concretizada de madrugada, tão logo os dirigentes do Canindé aceitaram o pedido de demissão de Edu Marangon, que decidiu deixar o time após a derrota para o Flamengo anteontem.
Marangon, que venceu a Copa São Paulo de Juniores pela Lusa, dirigia o time profissional desde abril, ainda durante o Torneio Rio-São Paulo.
Com 27 pontos, a equipe do Canindé ocupa a 20ª posição e tem apenas um ponto a mais que o Inter, 23º, que está na zona do rebaixamento. Quinta-feira, no Rio, Gilson Nunes fará a sua estréia na equipe contra o Fluminense.
Apesar de recusar o título de "salvador", o novo técnico da equipe paulista disse ontem que sabe que não tem "escolha". A sua primeira atitude foi reintegrar o atacante Cléber, que havia sido afastado por Marangon por indisciplina, ao elenco.
"Temos que pensar positivo. Fui contratado para trabalhar e vencer os jogos que restam [contra o Fluminense e o Bahia]. Nos resta trabalhar", afirmou Nunes, que assinou contrato até o final de março, antes de comandar o primeiro treino.
Os jogadores evitaram comentar o pedido de demissão de Marangon e a contratação de Nunes. Mantiveram o discurso de que eles é que são os responsáveis pela crise da equipe.
"Não esperava [que Marangon pedisse demissão], já que faltam apenas dois jogos. Mas prefiro não falar. Prefiro ficar calado para não ser mal interpretado. Vamos continuar trabalhando para tirar a equipe desta situação", disse o goleiro Bosco.


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