DO PAINEL FC
E DA REPORTAGEM LOCAL

A volta de Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos ao Paulista não significou lucro para a FPF neste ano.
O novo calendário, que encurtou os Estaduais, foi apontado como o vilão do déficit que as contas da entidade vão apresentar no final de 2003.
Pelo Paulista deste ano, que durou menos de três meses, a entidade arrecadou R$ 15 milhões (entre direitos de TV e venda de publicidade estática). Não foi o suficiente para cobrir todas as despesas.
"O Paulista é a nossa principal fonte de renda", disse o diretor financeiro da entidade, Rogério Caboclo, que recebeu a reportagem da Folha na sede da FPF na quarta-feira passada.
Caboclo admitiu um prejuízo de cerca de R$ 3 milhões neste exercício fiscal. Foi a primeira vez, desde a entrada de Eduardo Farah no comando da FPF, que a entidade expôs publicamente a sua contabilidade.
Apesar do déficit em 2003, a situação da federação é "bem confortável", segundo o diretor financeiro. "Temos R$ 20,5 milhões em caixa. Não deixa de ser uma situação tranquila."
Para embasar a sua afirmativa, o dirigente informou que o índice de liquidez da FPF é "ótimo". "A Federação [Paulista] tem R$ 5,08 em caixa para cada R$ 1 que tem a pagar."
Caboclo não incluiu a multa de R$ 4 milhões aplicada pela Receita, que está sendo discutida em esfera administrativa, no cálculo. O diretor também não aceitou falar sobre os empréstimos da FPF aos clubes e nem sobre os salários dos dirigentes da entidade. Na quinta-feira, contudo, Caboclo procurou a reportagem para dizer que só aqueles que cumprem expediente integral na FPF são remunerados. (FM E MR)


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