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São Paulo, quarta-feira, 12 de novembro de 2003

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TÊNIS

Eles, por eles

RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA

Todo jogador diz, meio que da boca para fora, que gostaria de ser número um do mundo. Quando você realmente passou a acreditar que poderia fechar o ano como número um?
Andy Roddick - Talvez depois do Aberto dos EUA. Eu não pensava muito nisso. Vinha de uma boa temporada na grama, estava bastante satisfeito. Mas depois [do Aberto dos EUA] pensei: agora o negócio é sério.
Neste ano, você finalmente ganhou um Grand Slam, dois Masters Series. Certamente satisfeito com a temporada, não?
Juan Carlos Ferrero - Joguei muito neste ano. Foi um ano fantástico. Ganhei um Grand Slam, dois Masters, um indoor, outro na quadra dura; ganhei no saibro também. Joguei bem o tempo todo. Cheguei a liderar o ranking. Foi muito importante para mim.
O que Brad Gilbert mudou no seu jogo?
Andy Roddick - Estamos trabalhando uma coisa aqui e outra ali, mas basicamente temos só trabalhado a manutenção do estilo de jogo. Talvez na pré-temporada, quando teremos mais tempo, podemos mudar algo.
Que problemas Agassi ainda precisa trabalhar em seu jogo?
Andre Agassi - Atualmente preciso é conseguir dormir um pouco mais [Agassi é pai pela segunda vez e tem passado as noites cuidando do bebê]. Bem, é uma maratona, o circuito profissional. Tem sido uma lição para mim cuidar da carreira como uma corrida de longa distância, e não uma prova de 100 metros. Às vezes, a falta de resultados deixa uma sensação de urgência, e aí é que é necessário dar um passo para trás, perceber em que lugar você está e começar de novo.
Você tem parecido mais calmo, concentrado em quadra. Isso, o lado mental, é o seu forte hoje?
Juan Carlos Ferrero - Eu tento [manter a calma e a concentração] o tempo todo. Para ter uma boa atuação tenho que estar calmo. Meu técnico sempre lembra isso: é preciso estar concentrado para jogar bem o ponto seguinte.
Você se sente pressionado por ser número um do mundo?
Andy Roddick - Não, não mais do que seria normal. Obviamente você sente pressão porque é o fim do ano e não há muito a fazer a não ser fechar a temporada no topo. Mas não fico nervoso só porque jogo para ser o número um.
Dois argentinos no Masters. A Argentina virou o país do tênis?
David Nalbandian - Espero que sim. Essa geração é boa, espero que os jovens argentinos possam se animar e vir atrás da gente. Estou feliz por isso, e acho que Guillermo [Coria] também está.
Chegar à final do Aberto dos EUA ajudou a obter reconhecimento na América?
Juan Carlos Ferrero - Na final, as pessoas passaram a me conhecer. Sinto isso agora, porque os meus treinos são sempre acompanhados em Houston. Antes da final do Aberto, eu acho que ninguém me conhecia nos EUA; agora, todos me respeitam muito.
O que você fez com aquela famosa vaca que ganhou no Torneio de Gstaad?
Roger Federer - Ela ainda está em Gstaad, esperando chegar a hora dela [risos].

Em São Paulo
Estão abertas as inscrições, pelo www.cbtenis.com.br/torneios ou 0/xx/11/3283-1788, para a Copa Fino, de Fernando Meligeni.

Em Minas Gerais
Bruna Colósio saiu campeã da quarta edição da Copa Belo Horizonte. Na decisão, derrotou Carla Tiene em dois sets.

Na Bahia
Porto Seguro será sede das disputas do grupo americano da Fed Cup. Boas chances para o Brasil.

No Amazonas
Manaus recebe até sábado a oitava etapa do Grand Slam da CBT.

E-mail reandaku@uol.com.br


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