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FUTEBOL
Como no bi, clássico marca a preparação no Morumbi rumo ao Japão
Ante Palmeiras, São Paulo faz déjà vu pré-Mundial
PAULO GALDIERI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O jogo de hoje no Pacaembu, às
18h10, tem pesos bem diferentes
para São Paulo e Palmeiras.
Enquanto o time do Morumbi
vê no clássico um marco do início
oficial de seu planejamento para a
disputa do Mundial de Clubes, a
equipe do Parque Antarctica tenta se manter na luta, cada vez mais
difícil, por uma vaga no principal
torneio do continente.
O cenário é semelhante às outras duas vezes em que os são-paulinos tiveram a chance de conquistar o mundo.
Como ocorreu em 1992 e em
1993, o São Paulo pensava na disputa internacional da Copa Toyota, enquanto o Palmeiras buscava
vitórias para suprir suas necessidades domésticas.
Na primeira vez, uma eletrizante disputa pelo título paulista foi
aberta entre os times antes que o
São Paulo fosse a Tóquio. A equipe de Telê Santana entrou na primeira partida da final do Estadual
e venceu o rival por 4 a 2 -na volta, bateu de novo o adversário (2 a
1) e ficou com o título.
No ano seguinte, o São Paulo
viajou para o jogo com o Milan
depois de novo encontro com o
Palmeiras, mas desta vez o sabor
da vitória ficou no Parque Antarctica. Com o 2 a 0 -com direito a
um antológico gol de Cesar Sampaio- o Palmeiras assegurou sua
presença na final do Brasileiro de
1993 e abriu caminho para o início
de seu domínio na era Parmalat.
Mas, se há essa semelhança entre aqueles dois encontros com o
embate de hoje, uma diferença
também pode ser detectada.
Nos confrontos dos anos 90, o
São Paulo não abriu mão da disputa com o rival, mesmo com os
jogos ocorrendo a pouco menos
de 15 dias das decisões contra Barcelona e Milan. Já a partida de hoje, apesar de estar separada por
mais de um mês da estréia do time no Mundial, foi esvaziada pelo
clube do Morumbi.
O São Paulo entra em campo
com apenas dois de seus titulares.
Rogério e Christian são os únicos
recrutados para o desafio.
Melhor para o Palmeiras, que ao
contrário do rival, deposita no
clássico a chance de terminar sua
turbulenta temporada com algum
lucro: a vaga na Libertadores.
"É uma oportunidade de conseguir uma vaga na lista do Mundial", resume o volante Alê o pensamento dos são-paulinos.
Mas apesar do desdém do vizinho de centro de treinamento, os
palmeirenses tratam o jogo de hoje como um clássico decisivo para
salvar a temporada.
"Muitas vezes é mais complicado enfrentar um mistão, pois eles
vão querer ganhar de qualquer
jeito", valoriza o zagueiro palmeirense Gamarra.
A atitude que mais marcou o
grande interesse verde pelo jogo,
ao contrário do rival foi, até quando pôde, tentar mandar a partida
no Parque Antarctica. E desde
quando teve o pedido negado pela
CBF, não parou de chiar. "Para
poder jogar no Pacaembu tivemos que nós mesmos ir cortar a
grama e marcar o campo", queixa-se o técnico Emerson Leão.
Para vencer o clássico e manter
o sonho de terminar o Nacional
entre os quatro primeiros, Leão
mais uma vez muda seus laterais.
André Cunha entra na direita
-Correa volta para o meio- e
Michael, na esquerda.
NA TV - Sportv (menos para
São Paulo e Belo Horizonte),
ao vivo, às 18h10
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