São Paulo, sábado, 12 de novembro de 2005

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FUTEBOL

Como no bi, clássico marca a preparação no Morumbi rumo ao Japão

Ante Palmeiras, São Paulo faz déjà vu pré-Mundial

PAULO GALDIERI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O jogo de hoje no Pacaembu, às 18h10, tem pesos bem diferentes para São Paulo e Palmeiras.
Enquanto o time do Morumbi vê no clássico um marco do início oficial de seu planejamento para a disputa do Mundial de Clubes, a equipe do Parque Antarctica tenta se manter na luta, cada vez mais difícil, por uma vaga no principal torneio do continente.
O cenário é semelhante às outras duas vezes em que os são-paulinos tiveram a chance de conquistar o mundo.
Como ocorreu em 1992 e em 1993, o São Paulo pensava na disputa internacional da Copa Toyota, enquanto o Palmeiras buscava vitórias para suprir suas necessidades domésticas.
Na primeira vez, uma eletrizante disputa pelo título paulista foi aberta entre os times antes que o São Paulo fosse a Tóquio. A equipe de Telê Santana entrou na primeira partida da final do Estadual e venceu o rival por 4 a 2 -na volta, bateu de novo o adversário (2 a 1) e ficou com o título.
No ano seguinte, o São Paulo viajou para o jogo com o Milan depois de novo encontro com o Palmeiras, mas desta vez o sabor da vitória ficou no Parque Antarctica. Com o 2 a 0 -com direito a um antológico gol de Cesar Sampaio- o Palmeiras assegurou sua presença na final do Brasileiro de 1993 e abriu caminho para o início de seu domínio na era Parmalat.
Mas, se há essa semelhança entre aqueles dois encontros com o embate de hoje, uma diferença também pode ser detectada.
Nos confrontos dos anos 90, o São Paulo não abriu mão da disputa com o rival, mesmo com os jogos ocorrendo a pouco menos de 15 dias das decisões contra Barcelona e Milan. Já a partida de hoje, apesar de estar separada por mais de um mês da estréia do time no Mundial, foi esvaziada pelo clube do Morumbi.
O São Paulo entra em campo com apenas dois de seus titulares. Rogério e Christian são os únicos recrutados para o desafio.
Melhor para o Palmeiras, que ao contrário do rival, deposita no clássico a chance de terminar sua turbulenta temporada com algum lucro: a vaga na Libertadores.
"É uma oportunidade de conseguir uma vaga na lista do Mundial", resume o volante Alê o pensamento dos são-paulinos.
Mas apesar do desdém do vizinho de centro de treinamento, os palmeirenses tratam o jogo de hoje como um clássico decisivo para salvar a temporada.
"Muitas vezes é mais complicado enfrentar um mistão, pois eles vão querer ganhar de qualquer jeito", valoriza o zagueiro palmeirense Gamarra.
A atitude que mais marcou o grande interesse verde pelo jogo, ao contrário do rival foi, até quando pôde, tentar mandar a partida no Parque Antarctica. E desde quando teve o pedido negado pela CBF, não parou de chiar. "Para poder jogar no Pacaembu tivemos que nós mesmos ir cortar a grama e marcar o campo", queixa-se o técnico Emerson Leão.
Para vencer o clássico e manter o sonho de terminar o Nacional entre os quatro primeiros, Leão mais uma vez muda seus laterais. André Cunha entra na direita -Correa volta para o meio- e Michael, na esquerda.


NA TV - Sportv (menos para São Paulo e Belo Horizonte), ao vivo, às 18h10


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